Bancários por todo o Centro Novo de São Paulo atrasaram a abertura de 20 agências na manhã de quarta-feira, dia 28, como parte das manifestações de trabalhadores de todo o Brasil pela redução de jornada de trabalho e pela proteção ao emprego, com adoção de medidas como a ratificação da Convenção 158.
Funcionários das agências de diversas instituições – Bradesco, Santander, Itaú, Safra, Unibanco, Real, Caixa Federal e HSBC – participaram do ato, bem como das concentrações do Casa 3 (Centro Administrativo Santander) e do Real (Majolão), além da sede do Safra.
A partir das 11h estava previsto um ato na Praça Ramos de Azevedo, também no centro, com a presença das centrais sindicais.
As manifestações desta quarta fazem parte da campanha lançada pelas centrais no início do ano pela redução da jornada sem a redução dos salários. De lá para cá foram recolhidas centenas de milhares de adesões a um abaixo-assinado que irá ser encaminhado ao Congresso Nacional nos próximos dias.
158 e Redução – A Convenção, norma da Organização Internacional do Trabalho (OIT), um órgão das Nações Unidas, cria barreiras para demissões imotivadas. Já a redução de jornada deve gerar mais de dois milhões de novos empregos, segundo estudos realizados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Os bancários lutam pelo cumprimento da jornada de seis horas, garantida em lei mas desrespeitada pelos banqueiros. Apesar de muitos bancários trabalharem por oito horas diárias ou mais, a jornada de seis horas foi uma conquista dos trabalhadores. A luta no caso da categoria é pelo cumprimento da lei já estabelecida.
“A convenção 158 irá aumentar a proteção do emprego para todos os trabalhadores. No caso da jornada, a luta dos bancários é pelo cumprimento das seis horas, conquista prevista em lei. Neste caso, nossa luta é pelo cumprimento da lei, pois sabemos que muitos bancários trabalham oito horas ou mais durante o dia”, diz o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.
