Bancários mineiros realizam Dia Estadual de Luta em defesa do emprego no Itaú

Bancárias e bancários da base da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi-MG/CUT) realizaram, nesta terça-feira, 26 de janeiro, um Dia Estadual de Luta em defesa dos empregos e contra os abusos cometidos pelo Itaú contra seus funcionários.

Em Belo Horizonte, o Sindicato realizou um ato na Praça Sete e a agência do local ficou paralisada até as 12h. Além disso, uma carta aberta foi distribuída à população para denunciar os problemas vividos pelos trabalhadores do banco.

Mesmo com o lucro recorde de R$ 25,7 bilhões em 2018, o maior da história entre os bancos no Brasil, o Itaú segue demitindo, principalmente em sua área operacional. A situação chega ao absurdo de funcionários com mais de 20 anos de banco serem demitidos com a justificativa de que não se enquadram no perfil esperado.

As demissões prejudicam não apenas os trabalhadores, mas também os clientes, que sofrem com agências cheias e longas filas. Além disso, nos últimos dois anos, foram fechadas mais de 40 agências do Itaú em Minas Gerais, prejudicando o acesso da população aos serviços bancários.

Outro problema enfrentado pelos funcionários do banco é a pressão constante, inclusive com assédio moral. Funcionários e gestores sofrem com cobranças diárias da Superintendência Comercial Operacional para que atinjam metas abusivas, praticamente impossíveis de serem alcançadas.

Por meio de um programa de avaliação de qualidade dos serviços, o chamado Score de Qualidade de Vendas (SQV), o banco também tem punido bancários de forma arbitrária, gerando estresse e até mesmo o adoecimento dos trabalhadores.

Os dados deixam clara a situação alarmante: em 2017, no Brasil, 17.310 bancários tiveram de se afastar do trabalho em decorrência de adoecimento e metade dos casos estavam ligados a transtornos mentais.

Uma negociação sobre emprego com o Itaú já está agendada para o dia 20 de março em São Paulo.

“O Dia Estadual de Luta mostrou que os sindicatos da base da Fetrafi-MG, assim como todos sindicatos filiados à Contraf, estão organizados para sempre defender o emprego de bancárias e bancários. O lucro não pode estar acima da vida das pessoas. Chega de assédio moral e chega de metas abusivas”, afirmou o funcionário do Itaú e diretor do Sindicato, Ramon Peres.

Ramon destacou também que o banco que mais lucra na América Latina tem que valorizar e respeitar seus funcionários. “No dia 20 de março, data em que haverá negociação com o Itaú em São Paulo, exigimos que o banco apresente os números e que se comprometa com o emprego dos bancários”, concluiu.

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