Mobilização apontou os problemas enfrentados nos bancos públicos e privados
Com o tema “Exploração não tem perdão. Mobilizar é a solução”, o Sindicato dos Bancários de Itabuna, a Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe e a CTB Sul da Bahia lançaram a Campanha Salarial Nacional 2015 em frente à agência do Bradesco, na avenida do Cinquentenário, em Itabuna, nesta quarta-feira(12).
“Iremos até as últimas rodadas de negociações reivindicando não só aumento salarial. Queremos mais segurança, mais contratações de funcionários para um melhor atendimento aos clientes”, pontuou Valter Moares, diretor regional da Federação.
Os bancários sabem que não há crise no setor financeiro. Três bancos (Bradesco, Itaú e Santander) lucraram R$ 24 bilhões no primeiro semestre. Portanto, podem acabar com as demissões e garantir os postos de trabalho.
“Iremos cobrar dos banqueiros que essa exorbitante lucratividade se reverta em melhores salários para os bancários, mais contratações e um atendimento de qualidade para os clientes e usuários dos serviços”, denunciou Luis Sena, diretor do Sindicato.
Na Caixa e no Banco do Brasil, os empregados vão tratar sobre a necessidade urgente de retomar as convocações dos concursados e pela isonomia salarial. No BNB, a revisão do PCR (Plano de Cargos e Remuneração) e a PLR Social serão colocados na mesa.
O diretor do Sindicato e funcionário do Banco do Brasil Paulinho Silva avalia que nos bancos públicos é urgente a melhoria nas condições de trabalho, fim do assédio moral e convocações dos aprovados em concurso para melhorar o atendimento e livrar os colegas da sobrecarga de trabalho.
“A pressão por metas abusivas, aliada ao assédio moral na cobrança dessas metas e a falta de funcionários vem adoecendo milhares de bancários em todo o País. É preciso acabar com esse meio ambiente de trabalho hostil dentro dos bancos públicos”, lamentou.
Outro ponto denunciado na manifestação foi o PLC 30/15 que amplia a terceirização sem limites para todas as empresas. O movimento sindical bancário vem lutando há vários anos pela regulamentação da terceirização nas atividades meios, modelo que já existe no Brasil, porém não aceitará a liberação para todas as funções.
“Para se ter uma ideia, se o projeto de terceirização passar no Senado, teremos uma realidade onde os bancos funcionarão sem bancários, só com terceirizados, o que seria uma tragédia para a economia e para a população em geral”, denunciou Ricardo Carvalho, diretor da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe durante a manifestação.