Bancários intensificam jornada nacional para melhorar aditivo e PPR do Santander

A jornada nacional de luta dos trabalhadores do Santander será intensificada nesta semana, em todo país. Os sindicatos estão distribuindo jornais nos locais de trabalho, mostrando aos bancários que é insuficiente a proposta do Santander para o aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e o acordo do Programa de Participação nos Resultados (PPR).

Clique aqui para ler o jornal que está disponível no link Publicações no site da Contraf-CUT.

“Vamos esclarecer os funcionários e pressionar o Santander para que retome as negociações e apresente uma proposta que valorize os bancários”, afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. “Se o banco tem dinheiro para pagar bônus milionários aos executivos, adquirir a Torre do Santander e patrocinar a Fórmula 1 e a Copa Libertadores, é inaceitável que não tenha recursos para remunerar melhor os seus trabalhadores”, compara o dirigente sindical.

“O banco quer fechar um acordo por dois anos e pagar apenas R$ 1 mil de PPR junto com a PLR em 2010 e outros R$ 1 mil corrigidos pelo reajuste dos bancários no ano que vem junto com a PLR em 2011. Enquanto isso, planeja distribuir um total de R$ 223,8 milhões em 2009 para os seus 26 diretores executivos, o que representa, em média, nada menos que R$ 8,62 milhões para cada um deles, conforme foi aprovado na assembléia dos acionistas. A proposta de PPR do Santander foi rejeitada na própria mesa de negociações pelos dirigentes sindicais”, destaca o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Mário Raia.

Plenária nacional

Na próxima terça-feira, dia 12 de janeiro, às 10h, a Contraf-CUT realiza plenária nacional de dirigentes sindicais, em São Paulo, para ampliar o processo de mobilização e definir os próximos passos do movimento.

Aditivo com avanços e pendências

A proposta global para o aditivo por dois anos possui avanços, como a prorrogação da licença remunerada pré-aposentadoria (“pijama”) e do abono indenizatório até 31 de agosto do ano que vem. Também foi conquistada a licença sem vencimentos de 30 dias para o bancário que vier a ter um parente de primeiro grau internado (cônjuge, pais, filhos e sogros) e a inclusão de um link para as confederações, como a Contraf-CUT, na intranet do banco para facilitar o acesso dos trabalhadores às informações sindicais.

O banco também aceitou a extensão do prêmio de dois salários para todos os funcionários que completaram 25 anos de banco até o final de 2008 (oriundos do Santander). O banco informou, no entanto, que este benefício não se estende para os trabalhadores do ex-Bandepe, que teriam recebido uma indenização no processo de fusão com o Real. Diante da alegação da falta de previsão no orçamento, o banco aceitou a proposta das entidades sindicais e disse que pagará o prêmio na forma de um salário no início de 2010 e outro no mesmo período em 2011.

Entretanto, a proposta de aditivo contém diversas pendências. O Santander não aceita garantia de emprego no processo de fusão. Entre setembro de 2008 e setembro de 2009, o banco fechou 2.301 postos de trabalho.

O Santander também se nega a constituir um grupo de trabalho para organizar o processo eleitoral no HolandaPrevi e no Sanprev, bem como se recusa a assinar um termo de compromisso para a manutenção do patrocínio ao HolandaPrevi e Bandeprev.

O banco também não quer melhorar o abono indenizatório, que é um dos incentivos para o desligamento dos trabalhadores aposentados que ainda estão na ativa, como forma de evitar demissões e abrir vagas. A unificação do valor do auxílio academia de ginástica também foi negada pelo Santander.

O banco condiciona o fechamento do aditivo à aceitação da proposta rebaixada de PPR. Por isso, as entidades sindicais aumentam a mobilização para conquistar uma proposta que atenda às expectativas dos trabalhadores.

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