Os bancários participaram, nesta terça-feira (10), do Dia Nacional de Luta em Defesa da Democracia e dos Direitos dos Trabalhadores, proposto pelas Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo. Pelo País, desde a madrugada, diversas categorias cruzaram os braços e movimentos sociais bloquearam avenidas e rodovias.
Para Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, a manifestação esclareceu para a população o que vem por aí. “Foi montado todo um circo em torno da questão do impeachment. Enquanto isso, o Congresso vota rapidamente leis que vão retirar os direitos, conquistados pelos trabalhadores. O Dia Nacional de Luta é para alertar o que tem atrás do golpe. Até porque toda a imprensa golpista vem construindo uma realidade mentirosa e não diz o que é que os deputados continuam votando na Câmara. São 55 pautas que vão reduzir direitos de trabalhadores e trabalhadoras.”
O presidente da Contraf-CUT, que participou do ato do Sindicato do Bancários de São Paulo nas agências do Centro da capital paulista, alertou que a luta em defesa dos direitos é muito importante e não vai parar. “O que vem é um plano de governo muito severo. No qual, quem vai pagar a conta, a exemplo da década de 1990, serão os trabalhadores. Por isso, nós vamos continuar resistindo, vamos continuar na rua, apresentando nosso projeto, mostrando que os beneficiados com o projeto deles é uma pequena minoria rica e o projeto que eles tentam derrotar é o projeto dos trabalhadores brasileiros.”
Bancários participam de atividades em várias regiões do país
No Rio de Janeiro, as agências da Avenida Rio Branco, no centro financeiro da cidade, tiveram as atividades paralisadas em protesto contra a ruptura democrática imposta pelos setores reacionários da política brasileira. O Sindicato parou também o prédio da Caixa Econômica Federal, na Almirante Barroso, também no Centro do Rio.
O Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB/MT) realizou panfletagem pelo centro financeiro de Cuiabá e Ato Público na porta do banco Itaú.
O Centro de Fortaleza parou por toda a manhã e a movimentação contou com ampla adesão dos trabalhadores do Ceará de diversas categorias e segmentos sociais: bancários, comerciários, metalúrgicos, profissionais da saúde, telemarketing, além do movimento negro, LGBT, idosos, sociedade organizada, populares que passavam na rua e também davam seu apoio à mobilização.
A diretoria do Sindicato dos Bancários de Londrina realizou atividade no Calçadão para alertar a classe trabalhadora sobre os ataques que estão sendo feitos aos direitos. Durante o Ato Público, foi distribuído jornal com informações acerca do atual momento político do país, o que está por trás disso e os riscos que trabalhadores e trabalhadoras estão correndo.
De portas fechadas. Assim as agências da Avenida Sete de Setembro, em Salvador, amanheceram. E continuaram até às 11h. A paralisação é pela defesa da democracia e dos direitos, ameaçados diante da atual conjuntural nacional.
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