Os bancários do Ceará realizaram nesta terça-feira (12) manifestação contra as demissões praticadas pelo Itaú. Em protesto, foram fechadas as portas de duas agências do centro de Fortaleza durante todo o dia. O objetivo da paralisação foi levar a direção do banco à mesa de negociação para que seja assegurado o fim do processo de demissões.
O diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará e funcionário do Itaú, Ribamar Pacheco, afirma que as demissões são injustificáveis. “Nos últimos 12 meses, o banco fechou quase 8 mil empregos em todo o País. No Ceará, somente neste ano, já passaram de 30 demissões. É uma política injustificável, principalmente se for confrontada com o desempenho econômico do banco”, diz. O dirigente afirma ainda que, se as demissões não cessarem, o movimento de protesto será intensificado.
Alex Citó, também diretor do Sindicato e funcionário do Itaú, destaca que as demissões são ainda mais cruéis por colocarem na rua funcionários com muitos anos de empresa. “O objetivo do banco é lucrar e, para isso, está demitindo pessoas com 15, 20 anos de banco para admitir outras pessoas, na maioria mais jovens, e pagar um salário bem inferior”, afirma.
Citó lembra ainda que o banco “feito pra você”, além de precarizar o emprego bancário, negligencia a segurança bancária. “As agências estão retirando as portas de segurança com detectores de metais para facilitar a vida de bandidos e pôr em risco a vida de clientes, usuários e funcionários”.
