Mobilização intensificada no Distrito Federal
Os bancários do Itaú continuam mobilizados contra as demissões imotivadas, a alta rotatividade, por mais contratações e pela distribuição justa dos lucros e resultados entre os funcionários, entre outros pontos. Nesta terça-feira 12, em mais um Dia Nacional de Luta, as agências da instituição na Asa Norte, Asa Sul e Setor Comercial, 19 no total, foram fechadas pelos bancários como forma de protesto para que o banco negocie as reivindicações dos trabalhadores.
Dados do Dieese mostram o quadro alarmante de demissões. Entre março de 2011 e 2012, foram fechados 7.728 postos de trabalho no Itaú no país.
O diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília, Washington Henrique, ressalta que muitas dessas demissões são de funcionários prestes a se aposentar ou que estão com doenças relacionadas ao trabalho. “É uma falta de respeito com o trabalhador que tanto ajudou o Itaú a alcançar lucros recordes e são demitidos imotivadamente”, afirma, acrescentando que os dispensados são substituídos por bancários com salários mais baixos.
“O lucro líquido do banco foi de R$ 3,4 bilhões só no primeiro trimestre deste ano. Não há justificativa para tantas demissões. O banco precisa ter responsabilidade social com seus funcionários, clientes e usuários, proporcionando melhores condições de trabalho e de atendimento”, diz Sandro Oliveira, diretor do Sindicato.
Aumento do PCR
Uma das reivindicações dos funcionários do Itaú é que o Itaú aumente o valor distribuído no Programa Complementar de Resultados (PCR), mas o banco ainda não avançou nas negociações. Em compensação, pagou R$ 7,45 milhões por diretor da empresa em 2011. O jornal Valor Econômico divulgou que o Itaú está entre as 10 empresas que mais remuneram os seus executivos no país, sendo o banco com o maior gasto médio por diretor.
Outro problema que aflige os bancários do Itaú é a sobrecarga de trabalho, devido ao número insuficiente de funcionários nas agências. “Os bancários não estão cumprindo a jornada de 6 horas diárias. A maioria está trabalhando 8 horas por dia e não está recebendo as horas extras”, denuncia Edmilson Lacerda, diretor do Sindicato.
Outras categorias também apoiaram a mobilização, como o Sindiserviços e o Sindicato dos Vigilantes do DF.