Bancários de Criciúma fizeram nesta quarta-feira (31), um dia de paralisação com fechamento das quatro agências do Santander de Criciúma. O protesto acontece em todo o Brasil contra a implementação da reforma trabalhista no banco. “A contrariedade do movimento sindical é porque os bancários possuem um acordo assinado por dois anos com os bancos ainda em 2016 e, portanto as medidas da reforma só poderiam ser implementadas após a negociação com os sindicatos este ano”, explica o presidente do Sindicato dos Bancários de Criciúma e região, Edegar Generoso. Para o sindicalista a reforma trabalhista de Michel Temer começou a afetar os bancários do Santander, sem qualquer negociação com o movimento sindical, a direção do banco está impondo um pacote de maldades contra seus trabalhadores como:
-Demissão em massa;
-Acordo com compensação de horas por seis meses valendo a partir de janeiro deste ano (sendo que na categoria nunca teve banco de horas;
-Parcelamento das férias dentro do critério da Reforma Trabalhista (considerado inconstitucional);
-Após quase 20 anos a data de pagamento dos salários é alterada do dia 20 para o dia 30 do mês e, o 13º salário que era pago em março e novembro agora será pago em maio e dezembro;
– O fim das homologações no Sindicato
“As mudanças impostas pelo Santander demonstram que sua única preocupação é acumular lucros à custa dos trabalhadores. E respaldado pelo desmonte trabalhista, o banco tenta mais uma vez retirar direitos históricos conquistados pela categoria bancária. Além da precarização das condições de trabalho, o Santander pretende prejudicar ainda mais seus funcionários também nos processos de demissões, com a possibilidade do fim das rescisões contratuais nos sindicatos”, critica o presidente. Na sua opinião o que está acontecendo no Santander pode acontecer com os demais bancos. “Não temos dúvidas de que o banco espanhol vai tentar colocar em prática tudo o que a reforma de Temer lhe permite e tentar ir além. Por isso, temos que nos organizar para impedir retrocessos. A classe trabalhadora precisa se levantar e lutar unida desde já”, destaca.