A Contraf-CUT, o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e a Comissão de Negociação dos Funcionários esperam uma nova proposta do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), durante negociação que ocorre nesta sexta-feira, dia 22, às 10h30, no Rio.
Na última rodada, os representantes do banco mantiveram a mesma proposta feita anteriormente e já rejeitada pelo funcionalismo: reajuste de 7,5%, mais gratificação no valor de um salário. Eles disseram que o Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST) havia vetado qualquer mudança na proposta inicial.
O BNDES rejeitou a proposta dos funcionários de reajuste da tabela salarial considerando os efeitos da Medida Provisória 440, transformada na Lei 11.890, que prevê a reestruturação das carreiras típicas de Estado.
O banco não aceitou também a reivindicação de um abono especial e de um reajuste de 12,16% em substituição ao pagamento das gratificações salarial e de férias. Outros itens importantes foram igualmente recusados, como a isonomia, questões ligadas aos anistiados e a equiparação com o Banco Central.
“Queremos valorização dos funcionários do BNDES, a exemplo das conquistas obtidas pelos bancários do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste do Brasil e Banco da Amazônia”, destaca o secretário-geral da Contraf-CUT, Marcel Barros.
Impasse
Diante da intransigência do banco, os funcionários do BNDES foram convocados para uma nova assembléia, a ser realizada na próxima segunda-feira, dia 25, às 14 horas, novamente no hall do BNDES, quando decidirão se entram em greve.
Os diretores do Sindicato do Rio, Murilo Silva e Carlos Oliveira Lima, o Caco, participaram da última negociação. Caco lembra que os avanços na Caixa e no BB foram conquistados com greve. “Se esta for também a decisão do funcionalismo do BNDES terá todo o apoio do Sindicato”, conclui Caco.