Bancários em greve protestam contra a diretoria do Banco da Amazônia

Os bancários do Banco da Amazônia cruzaram os braços em protesto nesta manhã de quarta-feira, dia 14, para reivindicar a retomada de negociações com a diretoria da empresa. O ato, que marca o 21º dia de greve forte e ampliada, contou com a presença de grande parte dos funcionários, bancários e membros das entidades sindicais. O protesto paralisou as atividades da agencia por toda manhã.

Os bancários concentrados na esquina da 1º de Março com a Carlos Gomes fizeram um enterro simbólico do Presidente do Banco, Sr. Abidias Junior, por se negar a discutir os critérios de distribuição da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) dentre outras pautas.

Clique aqui para ver o enterro da diretoria do Banco da Amazônia.

Apesar da adesão em massa ao protesto da maioria dos bancários do banco, houve uma cena lamentável de agressão por parte de um funcionário contra uma bancária. Após o incidente, a bancária foi prestar queixa da agressão sofrida na polícia e o funcionário foi escoltado pela polícia militar ao som das vaias indignadas dos presentes.

“O ato desta quarta-feira mostrou que a maioria dos bancários do Banco da Amazônia não está contente com a postura da Direção do Banco, que continua sem marcar negociação com as entidades”, afirma Maria Gaia, diretora do Sindicato.

O ato da manhã de hoje foi uma decisão tomada pelos empregados durante assembléia realizada na tarde de ontem, na sede do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, em Belém.

O Banco da Amazônia é o único banco público que ainda não se posicionou em relação ao pagamento da PLR. A questão é que o Banco insiste em discutir o formado e o pagamento da PLR somente após o resultado do balanço deste ano. Porém, o resultado da empresa não impede que os critérios de pagamento da PLR possam ser definidos agora.

Para as entidades, a regra da PLR precisa ser definida já, ainda no decorrer da Campanha Salarial, independente de resultado do balanço do Banco. O que a categoria quer é que o Banco aplique os critérios definidos agora proporcionalmente aos resultados obtidos depois.

“Os empregados do Banco da Amazônia não aceitam mais serem tratados dessa forma. Enquanto todos os bancos sentam pra negociar com os representantes dos trabalhadores, o Banco insiste em se manter fechado ao diálogo, mesmo após 21 dias de greve. “, disse Marcão Araujo, secretário geral do Sindicato.

O presidente do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, Alberto Cunha, e o presidente da AEBA e vice-presidente da Fetec-CN, Sergio Trindade, viajaram ontem a tarde para Brasília, para uma reunião com o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

ASSEMBLÉIA

Sem negociação e sem proposta do Banco, as entidades convocam todos os bancários para a assembléia organizativa da greve da categoria a ser realizada logo mais, às 17 horas, na sede do Sindicato do Pará e Amapá (28 de Setembro nº 1210 – próximo à Doca).

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram