Bancários denunciam intransigência dos banqueiros na Campanha Nacional
O Sintraf Juiz de Fora e o Sindicato dos Professores (Sinpro JF) realizaram hoje pela manhã o primeiro ato unificado das categorias com campanhas salariais do segundo semestre. Com o mote “defesa da democracia, do emprego e do salário”, nesta terça-feira (15), os bancários e os professores reuniram forças, em frente à agência do Banco do Brasil na Rua Halfeld, para reivindicar direitos básicos.
De acordo com o secretário geral do Sintraf JF, Carlos Alberto de Freitas (Nunes), hoje é o dia de luta das categorias que estão em campanha salarial e, mais do que nunca, é necessário que os trabalhadores se unam, se apoiem e fortaleçam a luta dos trabalhadores.
“Existe uma crise política e econômica no país, mas os direitos que nós, trabalhadores, conquistamos jamais deverão ser retirados ou atacados, como vem acontecendo. Vale ressaltar que ainda lutamos contra o PSC30, o projeto que tramita no Senado e prevê a terceirização das atividades fim. Portanto, não aceitaremos o retrocesso do país e o ataque à democracia”, destaca Nunes.
A Campanha Nacional dos Bancários já começou, mas se depender dos bancos as coisas ficam da mesma maneira que está. Depois de três rodadas de negociação, os bancários só ouviram “nãos”. Nada de melhorias na saúde, emprego, segurança, condições de trabalho e em relação à igualdade de oportunidades.
No BB e na CEF a situação é a mesma. Quase nenhum avanço nas negociações, marcada pela intransigência dos bancos.
O diretor de bancos públicos do Sintraf, Watoira Antônio, destaca que os bancos continuam obtendo alta lucratividades às custas de grandes taxas cobradas a clientes e usuários, mas continuam sem investir nos trabalhadores e sem interesse em negociar; o que não deixará outra alternativa à categoria que não seja a paralisação das atividades.
“Nós temos a intenção de negociar, mas parece que os banqueiros não querem. As rodadas de negociações estão acabando e as propostas da categoria sendo negadas. Diante da intransigência dos bancos, a possibilidade de uma greve da categoria se aproxima, pois a luta não é apenas por questões salariais, mas por melhores condições de trabalho e atendimento”, afirma Watoira.
Itaú: assédio não tem perdão
O Itaú Unibanco tem mostrado a verdadeira face do assédio, um dos sete pecados do capital. O Sindicato vem recebendo diversas denúncias dessa prática em Juiz de Fora e região, inclusive gerando demissões.
O banco desvaloriza seu principal bem: os funcionários e funcionárias, colocando em primeiro lugar o lucro (que registrou recorde nesse ano). A abertura de agências digitais é uma dessas práticas, que tem como objetivo excluir o público de baixa renda e demitir mais de 30 mil funcionários.