Diversas Centrais sindicais, sindicatos, movimentos sociais e estudantis se mobilizaram na manhã de terça-feira (5), no centro de Teresina, em Greve Geral unificada. Assim como em diversos municípios do país, os manifestantes protestaram contra a reforma previdenciária proposta pelo governo Temer. Concentrados em frente ao prédio do INSS, fecharam o cruzamento das ruas Rui Barbosa e Areolino de Abreu, onde denunciaram o ataque à previdência privada, entre outras medidas contra o patrimônio público nacional.
O presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, Arimatea Passos contestou a alegação de previdência quebrada, ressaltando que a precarização do trabalho formal é uma forma de sucatear a previdência pública. “Já perdemos com a terceirização e reforma trabalhista. O Brasil está perdendo soberania, os trabalhadores estão se prejudicando e não há perspectivas de novos empregos. Tudo que está acontecendo é o contrário do que o governo tenta dizer. A precarização do trabalho é visível e se não há mais trabalho formal, com sustentar a previdência? Se falam que a previdência está quebrada porque não provam? Estamos na rua em defesa do que é público”, afirmou Arimatea.
O vice-presidente do SEEBF-PI, Odaly Medeiros, também defendeu a luta e a mobilização dos trabalhadores. “É um chamamento para que o povo possa acordar para essa situação atual. Vivemos uma recessão no país, temos um governo que retira direitos de trabalhadores e nós não podemos ficar calados. Temos um governo com uma política retrograda e enquanto isso não mudar, nós não vamos parar”, disse Odaly.
O diretor do SEEBF-PI, José Ulisses, reafirmou a importância de lutar contra o caos que se instalou no país. “Nos mobilizamos contra a reforma da previdência, mas também contra a reforma trabalhista, desemprego e a maneira como o país está sendo conduzido por uma governo golpista, com mais de 90% de rejeição popular. Num país com mais 200 milhões de habitantes, onde meia dúzia querem se prevalecer dos benefícios e das riquezas do país. Estamos vivendo um caos. A pessoas foram para as ruas por causa de 20 centavos na passagem de ônibus, e hoje a gasolina sobe todo dia, o gás, a energia. É por isso que estamos aqui lutando”.
Já o diretor do SEEBF-PI, João Neto, ressaltou a importância de manter ato, que correu o risco de ser suspenso devido a novo adiamento da votação da proposta apresentada pelo governo. “Temos que dialogar com as pessoas que ainda acreditam na grande mídia. Desde a década de 80 vemos lutando e conquistando direitos e tudo isso está indo por água abaixo e as pessoas não estão se dando conta. Foi acertada a decisão, aqui no Piauí, de manter o ato e estarmos dialogando com a sociedade, passando uma versão mais real, diferente da que se vê na grande mídia todos os dias”, disse.
Os diversos movimentos presentes aproveitaram para reivindicar suas pautas, sempre lembrando que a reforma da previdência é mais um golpe contra o país. Além do Sindicato dos Bancários do Piauí, estavam presentes os representantes da CUT-PI, Intersindical, Conlutas, SINTE-PI, Urbanitários, Servidores Federais, Docentes e estudantes da UESPI, Comerciários, Confecções Correios, Sintsprev, Radialistas, Construção Civil, Vigilantes, Federação de Servidores Municipais e movimento estudantil.