(São Paulo) Os bancários do Unibanco realizaram nesta sexta-feira, dia 14, protestos no Brasil e em diversos países da América Latina e encerraram a Jornada Internacional de Luta, iniciada na segunda-feira. Milhares de trabalhadores promoveram durante toda a semana manifestações no HSBC, Banco do Brasil, BBVA, Santander, ABN e Itaú, além do Unibanco.
“A semana de luta foi muito forte, principalmente no HSBC, que demitiu mais de duzentos bancários neste final de ano no Brasil, e nos bancos Santander e ABN, que estão em processo de fusão. O objetivo da jornada é defender o emprego e exigir melhores condições de trabalho. Os bancários sofrem os mesmos problemas em qualquer país da América Latina, portanto, temos que nos unir para fazer o enfrentamento de maneira global”, destaca Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.
A Jornada foi decidida em novembro, durante a 3ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais de Bancos Internacionais, que reuniu na sede da Contraf-CUT bancários do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Espanha, Guatemala, Paraguai, Peru e Uruguai.
Os relatos dos representantes de cada país mostraram que há movimentos parecidos em todos eles, como a internacionalização do setor bancário, processos de fusão e reestruturação, perda de milhares de empregos, redução de salários, terceirizações, precarização das condições de trabalho e práticas anti-sindicais. Práticas que chegam até mesmo a assassinatos de dirigentes sindicais, como ocorre na Colômbia.
Fonte: Contraf-CUT