As quatro agências do Banco Santander em Feira de Santana, na Bahia, realizaram, nesta terça-feira (16), uma paralisação de 24 horas em defesa dos empregos e por melhores condições de trabalho na instituição financeira.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários da cidade, Sandra Freitas, o banco Santander demitiu desde março deste ano dez funcionários, dos quais oito portadores de doenças ocupacionais, como Ler/Dort, causada pelo esforço repetitivo, ou problemas psicológicos, devido à pressão por cumprimento de metas na venda de produtos.
“Tivemos que fazer uma movimentação para tentar barrar essa prática desumana do banco em demitir, sem nenhuma explicação, bancários com anos de dedicação à empresa. Os funcionários têm metas para abertura de conta; os clientes levam de duas a três horas para serem atendidos; os funcionários adoecem cada vez mais por causa da sobrecarga de trabalho e acúmulo de funções, e o banco simplesmente demite, piorando ainda mais a situação nas agências. É inaceitável uma coisa dessas”, enfatizou Sandra Freitas.
Ela ressalta que a manifestação visa à melhoria do atendimento e busca barrar também a discriminação com as pessoas de menor poder aquisitivo. “A população é a mais prejudicada em todos os momentos. Do jeito que está, as pessoas não vão conseguir entrar mais nessas agências devido a “triagem” na porta giratória e as longas filas. A discriminação que existe porque o grande cliente não precisa mais vir na agência bancária, pois é atendido na sua empresa, e o pobre que quer entrar na agência para pagar suas contas, é arbitrariamente impedido”, disparou a presidente do Sindicato dos Bancários.
“O Sindicato esperou um contato da direção do banco na tentativa de construírem uma saída para o impasse e, quando o banco fez, foi com tom de ameaças e intimidação, fazendo exigências, demonstrando uma falta de compromisso com o emprego e um total descaso com a população. Um absurdo”, classificou.
O Sindicato dos Bancários de Feira de Santana continuará buscando proteger o emprego dos bancários e jamais deixará de estar na luta na defesa dos direitos dos trabalhadores, pelo emprego, contra o assédio moral, contra as metas, por melhores condições de trabalho e melhor atendimento.
