Manifestantes se juntaram num abraço simbólico em frente ao Barrosão
A luta em defesa do patrimônio público nacional tem que ser permanente. Sobre ele, são constantes as investidas dos interesses privatistas. É o que acontece, no momento, com a Caixa Econômica Federal.
Esse foi o tom da manifestação em defesa da Caixa 100% pública, realizada na sexta-feira (27), em frente ao prédio da estatal na Avenida Almirante Barroso, no Rio de Janeiro.
Alvo da cobiça dos bancos privados nacionais e estrangeiros, a Caixa tem hoje 78 milhões de clientes, mais de 100 mil empregados distribuídos nas mais de 4 mil agências e postos de atendimento em todo o país.
Administra os R$ 411 bilhões de ativos do FGTS, R$ 605 bilhões da carteira de crédito, dos quais cerca de R$ 340 bilhões são de financiamento imobiliário – programas de habitação popular, como o Minha Casa Minha Vida, e outros.
“A proposta do governo federal de vender parte das ações da Caixa é uma temeridade. Ao contrário de privatizar, o governo tem o dever de fortalecer os bancos públicos, como aliás, foi promessa da presidente Dilma Rousseff às centrais sindicais e entidades da categoria bancária, em 2014”, disse o diretor do Sindicato Paulo Matileti.
Organizado pelo Sindicato, o protesto contou com a participação da CUT Rio, Contraf-CUT, Fenae, CTB, Intersindical e CSP Conlutas. A atividade foi prestigiada ainda pelos deputados federais Benedita da Silva e Alessandro Molon e pelo vereador Reimont Otoni, todos do PT.
Entidades de empregados da Caixa como a Advocef (advogados), Aneac (engenheiros e arquitetos) e Agecef (gerentes do Rio) também protestaram.