Bancários do Rio protestam contra plano de funções do Banco do Brasil

Paralisação foi apenas mais uma atividade contra as arbitrariedades do BB

Os bancários do Rio de Janeiro pararam parcialmente nesta quarta-feira, dia 20, as agências do Banco do Brasil no centro financeiro da cidade em protesto contra o plano de funções imposto pela direção do banco, que reduz a remuneração e direitos dos bancários, e outras arbitrariedades cometidas pela empresa, como pressão sobre metas abusivas e assédio moral.

Os dirigentes do Sindicato dos Bancários do Rio citam como exemplo da postura autoritária da empresa, o grande número de descomissionamentos e a demissão de um funcionário sem justa causa.

A atividade, que fez parte do Dia Nacional de Luta, orientado pelo Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, contou com uma esquete da Companhia de Emergência Teatral, que chamou a atenção da população.

O ator Marco Hamellin interpretou Adolf Hittler, numa crítica bem-humorada às arbitrariedades cometidas pela atual direção do BB e sua postura autoritária, negando-se a dialogar com os trabalhadores.

Denúncias diárias

A diretora do Sindicato, Luciana Vieira, criticou a postura do banco e cobrou a abertura de uma negociação. “O banco tem que atender as reivindicações dos funcionários. Não é possível que a direção do BB continue com uma postura autoritária, quase fascista, ameaçando e assediando os bancários. O Sindicato tem recebido diariamente inúmeras denúncias por sofrerem pressão em função das metas abusivas”, disse.

A sindicalista explica como a empresa humilha os bancários que não atingem as metas impostas pela direção do banco. “Os gerentes que não atingem as metas são transferidos para unidades menores, o que chamamos de downgrade, o que faz com que haja uma redução substancial na remuneração desses trabalhadores”, acrescenta Luciana.

“O Dia Nacional de Luta foi apenas mais uma resposta do Comando Nacional, dentro do calendário de mobilizações, que ainda prevê para as próximas semanas plenárias e assembleias e uma paralisação de 24 horas em todo o país. Esta ação unificada é fundamental para que o banco recue da decisão de impor a redução de remuneração e a retirada de direitos do novo plano de funções”, afirma o vice-presidente da Contraf-CUT, Carlos de Souza.

O presidente do Sindicato, Almir Aguiar, convocou o funcionalismo para aderir às atividades de mobilização. “Somente com a participação dos funcionários vamos conseguir derrotar a postura arbitrária da direção do BB”, destaca.

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