Mobilização contra dispensas de trabalhadores no centro do Rio
Os bancários do HSBC fizeram um dia nacional de luta contra as mudanças no plano de saúde e a falta de funcionários em todo o país, na última quinta-feira (18). No Rio de Janeiro, o movimento que durou o dia todo obteve adesão total das agência da Avenida Rio Branco.
Os protestos serão intensificados contra o enxugamento e as mudanças no plano de saúde, que só vão trazer prejuízos aos trabalhadores. “No plano de saúde, o banco suprimiu o pagamento para o titular, mas retirou do funcionário o direito a ter a cobertura vitalícia depois que se aposentar. Uma crueldade”, criticou o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio, Marcelo Rodrigues.
Enxugamento
Os dirigentes sindicais explicam que, de uma forma geral, as condições de trabalho no HSBC são precárias em todo Brasil, com agências extremamente enxutas, extenuando os funcionários, que não suportam mais a pressão por cumprimento de metas.
“Estamos trabalhando no limite para realizar as tarefas normais. Além disso, é sufocante o assédio moral, uma violência sem igual. Temos que responder a isso com todas as nossas forças, com a nossa mobilização. Esta foi apenas uma primeira paralisação, para a qual recebemos apoio total”, disse o diretor do Sindicato, Leuver Ludolff, que é funcionário do HSBC.
O diretor do Sindicato e também empregado do banco inglês, Amarildo da Silva, disse que, no ano passado, o banco demitiu 946 bancários. “O mais intrigante dessa situação é que, em 2012, o HSBC lucrou R$ 1,2 bilhão. Por isso, nossa meta de agora em diante é intensificar as mobilizações até que o banco melhore as condições de trabalho”, afirmou.
Citibank e Safra
As paralisações, que se prolongaram até as 16h, atingiram também as agências do Citibank e do Safra, que estão demitindo. Um dia depois das manifestações, na sexta-feira (19), o Sindicato recebeu denúncias de mais demissões no Citi.
“Os companheiros que forem demitidos devem procurar o Sindicato. Confirmações de dispensas ou ameaças devem ser imediatamente comunicadas. Ligue para os telefones 2103-4172 e 2103-4124”, alerta Marcelo.