Bancários do Pará e Amapá protestam por mais empregados na Caixa, em Belém

O Sindicato dos bancários do Pará e Amapá (Seeb PA/AP), Fenae, Apcef e Agcef organizaram um ato na manha desta quinta-feira (4) em frente à Ag.Círio exigindo a chamada imediata dos concursados de 2008 para melhorar condições de trabalho e qualidade do atendimento da empresa.

A campanha nacional “Mais empregados para a Caixa, mais Caixa para o Brasil”, lançada em janeiro do ano passado, voltou às ruas de Belém na manhã desta quinta-feira (4), dessa vez para reivindicar a contratação imediata dos aprovados no concurso 2008 para o Pólo Belém, no sentido de melhorar as condições de trabalho e a qualidade do atendimento à população na capital paraense. Faixas, carro som e panfletos ajudaram na mobilização. O diretor da Fenae, Daniel Gaio, também participou da atividade.

O objetivo do ato foi chamar a atenção não só da empresa para a necessidade urgente de contratação de mais trabalhadores para suprir as demandas do banco, sobretudo os concursados, mas também da população em geral, que sofre diariamente com o mau atendimento e com grandes filas nas agências. Os aprovados no concurso de 2008 para a Caixa também estiveram presentes e queriam explicações para o fato de a empresa ter convocado até agora apenas 16 pessoas (sendo que desses há apenas 12 na ativa), de um universo de 2.534 aprovadas no último concurso para o banco.

“Exigimos da direção da Caixa a admissão imediata dos concursados como forma de regularizar a jornada de trabalho dentro da empresa, evitando a sobrecarga de serviço e o conseqüente adoecimento laboral, além de contribuir para a melhoria do atendimento à população que sofre com as longas filas”, comenta Maria Gaia, diretora do Sindicato do PA/AP e empregada da Caixa.

Não contrata porque não quer – Apesar de autorizada pelos órgãos governamentais para contratar pelo menos 3.500 empregados no primeiro semestre deste ano, para atender as novas demandas criadas pelo projeto do governo de construção de um milhão de novas casas para a população de baixa renda, a direção da Caixa Econômica Federal não vem cumprindo minimamente essa determinação. A situação é cada vez mais crônica, e se o número de contratados não for ampliado, a tendência é de aumento crescente nos problemas de saúde entre os atuais trabalhadores da empresa.

Outra questão que deve ser ressaltada é que a Caixa assumiu um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), na sede da Procuradoria Geral da República, no dia 2 de junho de 2008, de que até o final do ano passado seriam extintos 4.446 postos de serviço terceirizados em três etapas distintas, em frações iguais ou aproximadas, entre os meses de outubro, novembro e dezembro. O mesmo ocorreria agora em 2009, quando a CEF extinguiria 4.783 postos de serviço terceirizados remanescentes, também em três etapas, nos meses de abril, maio e junho, respectivamente. Mas até agora o que a Caixa tem feito é: extinguido postos terceirizados sem a chamada dos aprovados em concurso para a empresa.

População sofre com a falta de bancários – Quem precisa ir quase que diariamente a uma agência bancária sabe a paciência que deve ter até ser atendido. No ato desta quinta-feira (4), em frente à agência Círio da Caixa havia clientes como a dona de casa Josiane Gonçalves, que veio do município de Soure, no Marajó, para sacar o seguro pescador. Ela aguardava a abertura da agência em uma enorme fila, que começou no início do dia. “Ano passado precisei do mesmo atendimento, até que foi rápido porque estava grávida, agora não sei hoje, pois o tamanho da fila assusta”. A sombrinha era a aliada de Josiane para aguentar o forte sol enquanto esperava a agência abrir. Essa é uma cena que se repete não apenas em Belém, mas no Brasil inteiro.

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