Mais de 200 bancários e bancárias do Pará e Amapá aprovaram por unanimidade a realização da greve de 24 horas nesta terça-feira (30). O encaminhamento da paralisação foi tomado na assembléia geral da categoria, realizada na noite desta segunda-feira (29), na sede do Sindicato dos Bancários PA/AP.
Além de aprovar a greve, a categoria também ratificou a rejeição da proposta de reajuste da Fenaban, quando os banqueiros ofereceram 7,5%, o que significa apenas 0,35% de ganho real (a inflação apurada pelo INPC para o período é de 7,15%). As demais verbas como vales-refeição e alimentação e a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) seriam corrigidos pelo mesmo índice.
Não bastasse essa proposta vergonhosa, a Fenaban ainda manteve a proposta de reduzir direitos dos trabalhadores como estabilidade para a pré-aposentadoria, auxílio-creche e vale-transporte. Além disso, também negaram algumas das mais importantes reivindicações da minuta dos bancários, como maior segurança bancária, Plano de Cargos e Salários (PCS), fim das metas abusivas, auxílio-educação, ampliação da licença-maternidade, valorização do piso salarial e contratação de mais bancários.
Para responder a esse ataque dos banqueiros, os bancários e bancárias de todo o Brasil, inclusive os do Pará e Amapá, cruzam os braços nesta terça-feira, dia 30, e fecham as portas dos bancos públicos e privados por 24 horas. “É com pressão e muita mobilização que a categoria garantirá seus direitos e novas conquistas”, afirma Maria Gaia, diretora do Sindicato dos Bancários e empregada da Caixa.
“Essa greve de 24 horas será fundamental para mostrarmos aos banqueiros que não se pode nem se deve brincar com nossa categoria. Amanhã daremos uma demonstração da nossa força e do nosso poder de mobilização em todo país, pois é assim que derrotaremos a ganância dos banqueiros e garantiremos nossas reivindicações”, comentou Alberto Cunha, presidente do Sindicato e membro do Comando Nacional.
Nova Assembléia – Esta marcada para amanhã (30), às 18h30, na sede do Sindicato dos Bancários, uma nova assembléia geral para avaliação da greve de 24 horas e deliberar sobre os rumos do movimento.