Diretores do Sindicato atualizaram os bancários sobre a Campanha Nacional
O primeiro Dia Nacional de Luta do calendário de mobilizações aprovado pelo Comando Nacional dos Bancários foi de retardamento de abertura da agência do Santander na Av. Almirante Barroso em Belém, na manhã desta terça-feira (29).
Enquanto do lado de fora da unidade dirigentes sindicais explicavam para clientes e usuários o motivo da manifestação; do lado de dentro outros diretores do Sindicato atualizavam os bancários e bancárias com as últimas informações sobre a Campanha Nacional da categoria.
“A proposta de reajuste de 5,5% que a Fenaban apresentou na última sexta-feira em São Paulo é vergonhosa diante da realidade de lucros dos bancos que passam bem longe da crise. O abono de 2.500,00 também oferecido não foi sequer cogitado pelo Comando uma vez que não reflete nas outras verbas salariais. Somos capazes de melhorar essa proposta, mas isso só vai ser possível se todos e todas aderirem efetivamente a greve, ou seja, suspender os trabalhos. Pois de nada adianta deixar de atender a população, porém ficar dentro da agência trabalhando pelo telefone. Essa atitude prejudica a greve e fica ainda mais difícil de avançar nas conquistas”, explicou a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.
Para o Comando Nacional e demais sindicatos o reajuste está muito abaixo da inflação, que ficou em 9,88% (INPC) em agosto deste ano e significa perda real de mais de 4% para os salários e demais verbas da categoria.
“A greve é um direito da classe trabalhadora e ela acontece quando em mesa de negociação a categoria não consegue uma proposta satisfatória. Passamos praticamente o ano todo trabalhando para os bancos e enriquecendo os banqueiros, quando chega a vez deles de repartir essa fatia de forma generosa, eles se negam. Então a greve é a hora de trabalharmos para nós, de resolver os nossos problemas e não os do banco. Quem faz a greve são os bancários e bancárias, o Sindicato organiza, dá o suporte, a estrutura”, orientou o diretor de formação do Sindicato, Sandro Mattos.
“Quem vai decidir se a greve vai ser longa ou não é a própria categoria, quantos mais bancários paralisarem maior é a pressão contra a ganância dos banqueiros e maior ainda as chances de eles cederem e atenderem nossas reivindicações. A força da greve não está em quantos dias ficamos paralisados, mas em quantos trabalhadores e trabalhadoras de fato cruzaram os braços”, afirmou o diretor do Sindicato e funcionário do Santander, Márcio Saldanha.