Os bancários do Maranhão reafirmaram sua confiança na unidade dos trabalhadores e decidiram manter a filiação de seu sindicato à CUT e à Contraf. O resultado do plebiscito foi divulgado nesta sexta-feira, dia 23.
O “Não”, que representava a permanência na CUT, recebeu 1075 votos, contra 1022 pela desfiliação da central. Brancos e nulos somaram 24 votos. “Quero, em nome da Contraf-CUT, parabenizar os militantes cutistas do Maranhão e, principalmente, os bancários da base do estado, que decidiram permanecer conosco na Campanha Nacional Unificada dos Bancários deste e dos próximos anos”, comemorou Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.
Para ele, a vitória demonstra a confiança dos bancários na CUT e na Contraf, conquistada ao longo dos anos com vitórias importantes como a construção da Convenção Coletiva Nacional, que garante piso salarial e condições de trabalho unificadas em todo o país, conquista que só a categoria bancária alcançou até agora. “O plebiscito no Maranhão deixou isso claro, foi uma demonstração dessa ligação entre os bancários e a CUT”, explica Vagner. “Outros processos de desfiliação da central ocorreram recentemente em algumas entidades, mas essas decisões foram tomadas por alguns, sem que a base fosse consultada. Se tivessem sido realizados processos democráticos como esse no Maranhão, essas entidades ainda permaneceriam com a Contraf-CUT”, sustenta.
Rosário Braga, secretária-geral do Sindicato dos Bancários do Maranhão e uma das coordenadoras da campanha pela permanência da entidade na CUT, considerou o resultado uma grande vitória. “Nós estávamos em situação desfavorável na executiva, com apenas quatro diretores de 11 defendendo a CUT, e na principal base do estado que é o Banco do Brasil, onde tínhamos apenas um diretor entre cinco. Além disso, já há uns três anos que eles fazem campanha sistemática contra a CUT nos veículos do sindicato. Com tudo isso, foi uma vitória importantíssima”, avalia. “Agora, o próximo passo é trabalhar na Campanha Nacional 2008 e tentar novas conquistas, principalmente em termos de reajuste salarial e melhores condições de trabalho para os bancários”, avalia.