A Contraf-CUT, Federações, Sindicatos e a Comissão de Organização dos Empregados do Itaú (COE- Itaú), entregaram ao banco, nesta quinta-feira (28), as reivindicações específicas dos funcionários, dentro da Campanha Nacional 2016. A pauta conta com eixos sobre remuneração, emprego, saúde, condições de trabalho, previdência privada, segurança, igualdade de oportunidades, além de demandas sobre agências digitais. A minuta foi construída durante Encontro Nacional dos Funcionários do Itaú, entre os dias 7 e 8 de junho, em São Paulo, quando reuniu bancários de todo o Brasil.
O fim das demissões e mais contratações no Itaú, estão entre as principais reivindicações. Levantamento do Dieese aponta que, desde 2011, o Itaú já fechou 21 mil postos de trabalho. Durante a entrega da pauta ao banco, o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, fez questão de destacar a preocupação dos funcionários em relação ao emprego.
“Dissemos ao Itaú que esperamos responsabilidade do banco, e valorização dos funcionários, no atendimento às reivindicações. Colocamos nossa grande preocupação com relação ao emprego e com relação às agências digitais. O banco digital em que o Itaú está se transformando vem reduzindo postos de trabalho e criando relações trabalhistas que a gente desconhece. Não sabemos em que condições os funcionários trabalham”, afirma Roberto von der Osten.
O fechamento de agências físicas e ampliação das digitais promove a eliminação de postos de trabalho e sobrecarrega quem permanece no emprego. O banco já deixou claro, aos funcionários, que o projeto é estender as transações pelos canais digitais em todo o Brasil.
“Em São Paulo já são sete pontos digitais, o Rio de Janeiro também já conta com um. Até o fim do ano, mais agências digitais serão abertas pelo Brasil. Além de cortar empregos, o Itaú mexeu nas relações de trabalho. Os funcionários das agências digitais têm jornada de oito horas. Precisamos regularizar esta situação, atualmente muito complicada”, alerta Jair Alves, coordenador da COE Itaú e diretor da Contraf-CUT.
Fundação Itaú Unibanco
Os dirigentes sindicais também reivindicaram que o Itaú abra um canal de negociação para debater os planos de aposentadoria complementar, seja no âmbito dos planos administrados pela Fundação Itaú-Unibanco, ou mesmo os administrados diretamente pelo banco. Atualmente, mais de 40 mil funcionários não têm nenhum tipo de fundo de pensão.
A pauta entregue ao Itaú inclui a necessidade de discussões sobre os planos:
– Futuro Inteligente;
– UBB Prev., tendo como origem um plano oriundo do banco Bandeirantes;
– Plano IJMS (Instituto João Moreira Sales;
– Plano Futuro Inteligente;
– IAPP (Instituto Assistencial Pedro Di Perna);
– Franprev, oriundo do Banco Francês e Brasileiro.
“O banco vai avaliar todas as nossas reivindicações e nós iniciaremos um processo de negociação. A nossa expectativa é grande de entendimento, já que na conjuntura de crise que nós vivemos, os bancos continuam sendo as empresas que mais lucram, o setor que mais ganha em relação a todos os outros setores da economia. Os bancos podem atender as reivindicações e podem valorizar seus funcionários”, conclui o presidente da Contraf-CUT.
Em breve, será publicada a íntegra das minutas.