Os bancários do Itaú Unibanco paralisaram nesta quarta-feira, dia 16, o prédio da Patriarca, no centro de São Paulo, em protesto contra as demissões de 62 trabalhadores ocorrida na segunda-feira, dia 14, sob a alegação de reestruturação da Unidade de Suporte Jurídico. O corte atingiu inclusive pessoas com deficiência que prestavam serviços no departamento e o banco ainda sinaliza com novas demissões em massa.
“Os trabalhadores cruzaram os braços desde as 6h30 e assim permanecerão até que o banco explique as demissões e discuta a reintegração”, defende Jair Alves, diretor da Contraf-CUT e um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco.
“É inadmissível que os cortes ocorram num momento de cenário extremamente positivo para a empresa. Somente nos primeiros nove meses deste ano o banco obteve lucro recorde de toda a história do sistema financeiro nacional. Foram R$ 10,9 bilhões, 15,97% maior que em 2010”, afirma Jair.
“Queremos negociar com o banco, saber o porquê das demissões e discutir a reintegração desses funcionários”, conclui o dirigente sindical.