Os bancários do HSBC realizam nesta quinta-feira (18) um Dia Nacional de Luta contra as demissões que estão sendo feitas pelo banco inglês. Os trabalhadores também lutam por melhores condições de trabalho e cobram respeito e valorização profissional.
A mobilização tem por objetivo alertar os clientes contra o descaso do banco. Os dirigentes sindicais estão distribuindo uma carta aberta para explicar os motivos dos protestos e pedir o apoio da clientela.
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O HSBC obteve lucro líquido de R$ 1,225 bilhão em 2012, um crescimento de 9,6% em relação a 2011, e uma rentabilidade de 13,05% sobre o patrimônio líquido médio. Não tem justificativa para dispensar trabalhadores.
Todo esse lucro bilionário é obtido com a cobrança de altas taxas de juros e tarifas. E, apesar disso, o banco fechou 946 postos de trabalho no ano passado e pratica uma inexplicável política de rotatividade de mão de obra no Brasil, que ele não repete em nenhum outro país do mundo.
O número reduzido de bancários em função das demissões tem se refletido em imensas filas nas agências bancárias e precarizado o atendimento. O bancário é obrigado a trabalhar no limite, e sobrecarregado não consegue atender a demanda de clientes.
Como se não bastasse, a empresa efetuou pagamento a menor da Participação dos Lucros e Resultados (PLR) e do Programa Próprio de Remuneração (PPR) aos seus funcionários, mesmo com o alto lucro obtido em 2012.
“Diante da enorme lucratividade do banco no Brasil, as demissões são inadmissíveis. Na prática, a rotatividade vem crescendo ano a ano. Esperamos respeito do HSBC com os trabalhadores brasileiros e o nosso país”, afirma Alan Patrício, funcionário do banco e secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT.