Bancários do HSBC cobram acordo global em reunião com o banco na Argentina

Na quarta-feira, 15, os bancários do HSBC de vários países da América se reuniram com o gerente de Riscos e Relações Laborais do HSBC na Argentina, Alejandro Ortiz Quintero. A reunião, que tratou prioritariamente da importância de firmar um Acordo Marco Global com o banco inglês, ocorreu durante a 6ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais de Bancos Internacionais, que aconteceu nos dias 14 e 15 na capital argentina.

“O movimento sindical bancário está consolidando suas redes internacionais, com cooperação e atuação conjunta por toda a América. O passo seguinte dessa nova proposta de organização sindical é a negociação com os bancos multinacionais de acordos regionais e mundiais, com a expectativa de uniformizar os direitos de todos os trabalhadores”, afirma Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT e funcionário do banco. “Com os relatos da realidade de diversos países, pudemos concluir que o HSBC tem mesmo perfil de atuação em toda a América Latina. Se é assim, por que praticar direitos diferentes?”.

Os bancários entregaram ao banco uma proposta para a construção de um acordo marco. “A equalização dos direitos e condições de trabalho em todos os países começa com a garantia de direitos sindicais, ou seja, livre associação, garantias para ação sindical livre e não discriminação aos sindicalizados e dirigentes sindicais”, afirma Miguel. Segundo relatos dos trabalhadores, há problemas graves de práticas antissindicais em vários países.

“Foi importante fazer essa discussão diretamente com os representantes do banco na Argentina, porque demonstrou a unidade dos bancários das Américas em torno da proposta de efetivarmos um Acordo Marco Global. A própria empresa se beneficiará ao adotar esse padrão nas relações com os trabalhadores”, diz Miguel.

Os dirigentes sindicais repudiaram fortemente todas as formas e tentativas do HSBC de implantar sistemas de vigilância e policiamento sobre os funcionários, como o procedimento implementado na Colômbia, através de termos individuais de responsabilização por operações financeiras realizadas, comprometendo o patrimônio pessoal dos funcionários, e o monitoramento através do ponto, de quantas vezes o funcionário vai ao banheiro, quantas vezes para fumar, entre outros.

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