Bancários do Espírito Santo exigem respeito à jornada de 6 horas no BB

Dirigentes sindicais dialogam com clientes da agência Pio XII, em Vitória

Na manhã de terça-feira, 13, o Sindicato dos Bancários do Espírito Santo promoveu manifestações para reivindicar o cumprimento da jornada de trabalho legal de 6 horas no Banco do Brasil. Vestidos de preto, os sindicalistas e funcionários do banco simbolizavam o luto pela demora do BB em resolver o problema. Panfletagens foram feitas em diversas agências do Banco do Brasil em Vitória.

A mobilização que acontece em todo o Estado também é um protesto contra a política de gestão do BB, que utiliza métodos como assédio moral, pressão e ameaças de descomissionamentos para obrigar seus funcionários a atingir as metas de lucro da empresa, que cada vez mais se afasta de sua função social de banco público e assemelha suas práticas às dos bancos privados.

Jornada de trabalho

Há tempos já vem sendo cobrado do BB o respeito à jornada de seis horas – prevista na legislação – para todos os bancários, inclusive os que exercem função, sem redução salarial. Na última Campanha Nacional, o BB se comprometeu, inclusive, a debater o assunto nas mesas temáticas de negociação e elaborar uma resolução para o problema.

As atividades ocorreram no dia em que foi realizada nova rodada de negociação permanente com o BB, em Brasília, onde a reivindicação foi mais uma vez reafirmada pela Contraf-CUT, federações e sindicatos, assessorados pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

“O objetivo da nossa ação também é pressionar o banco para debater a questão da jornada de 6 horas de trabalho. E não só debater, mas propor uma solução urgente para o assunto. Os trabalhadores do BB não vão mais aceitar tamanha enrolação e desrespeito aos seus direitos”, afirmou Maristela Corrêa, diretora do Sindicato e funcionária do Banco do Brasil.

Além dessa evidente postura de descaso com o funcionalismo do BB, no início deste ano houve registros de bancários que foram convocados pelo banco para trabalhar aos sábados. A iniciativa da empresa contraria o artigo 224 da CLT, que determina que a jornada bancária é de segunda a sexta-feira.

Para complicar o problema, o número de bancários nas agências do BB é insuficiente, o que gera sobrecarga de trabalho e mais estresse para os funcionários, piorando a agilidade e a qualidade do atendimento à população.

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