Bancários do ES protestam no aniversário do Banco do Brasil

(Vitória) Na manhã desta quinta-feira, 11, o Sindicato dos Bancários/ES realizou um ato público para registrar a passagem do aniversário de 199 anos do Banco do Brasil, comemorado no dia 12 de outubro. A atividade teve início às 9 horas, nas proximidades da agência da Praça Pio XII, no Centro de Vitória. Os dirigentes sindicais distribuíram bolo e bananas para funcionários, clientes e usuários do Banco. O protesto foi uma alusão às contradições entre as regalias oferecidas aos ricos e os preconceitos sofridos pela população com baixa remuneração.

A principal crítica do Sindicato refere-se ao projeto de reestruturação lançado no mês de maio pela direção do BB, estabelecendo que os clientes com renda inferior a R$ 2 mil sejam direcionados para o auto-atendimento ou para os correspondentes bancários. O que caracteriza preconceito com a maioria da população, que enfrenta grandes filas e paga taxas exorbitantes. Enquanto os grandes empresários são privilegiados com financiamentos e créditos especiais.

Os bancários procuraram chamar a atenção da sociedade para o debate sobre o papel do BB, que cada vez mais adota o modelo privado, deixando de cumprir suas funções sociais. “A lógica do Governo Federal e da direção do Banco é direcioná-lo para o lucro, submetendo-o à ganância do mercado. Queremos parabenizar os bancários que construíram a história do Banco do Brasil, que se confunde com quase dois séculos da vida do país, e incentivar os mais jovens a continuarem a luta em defesa do caráter público da instituição, que deve estar voltada para o desenvolvimento social”, destacou Goretti Barone, diretora do Sindicato e funcionária do BB.

Quem passou pelo local aprovou a manifestação do Sindicato dos Bancários. “Os bancos públicos devem ter um atendimento diferenciado, favorecendo a população mais pobre. Nos últimos tempos, o Banco do Brasil só favorece os poderosos. Os clientes comuns pagam taxas caríssimas e as agências estão sempre lotadas”, afirmou Frâncico de Assis Reis, cliente do banco que parou para declarar seu apoio.

Fonte: Seeb ES

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