Presidente do Sindicato, Carlos Eduardo, fala na manifestação
Portando bandeiras, faixas, apitos e gritando palavras de ordem, milhares de trabalhadores de diversas categorias participaram do Dia Nacional de Mobilização e Paralisação convocado pelas centrais sindicais de todo o Brasil. No Ceará, bancários, metalúrgicos, comerciários, professores, profissionais da saúde, motoristas, entre outras categorias, deram sua contribuição para o movimento nacional, paralisando suas atividades e indo às ruas nesta sexta-feira, dia 30/8.
O objetivo da mobilização foi defender a pauta de reivindicações da classe trabalhadora, que tem como principal mote a derrubada do Projeto de Lei 4330, que prevê a precarização das relações de trabalho com a ampliação da terceirização no País. A pauta também defende: fim do fator previdenciário; redução da jornada de trabalho para 40 horas sem redução de salário; 10% do PIB para a educação; 10% do orçamento da União para a saúde; transporte público e de qualidade; valorização das aposentadorias; reforma agrária e suspensão dos leilões do petróleo.
A concentração aconteceu no Centro de Fortaleza, nas praças da Bandeira e do Carmo. Em seguida, a manifestação seguiu em caminhada pelas ruas do bairro até a Praça do Ferreira. Agências bancárias e comércios aderiram espontaneamente ao movimento em toda a cidade. Primeira a ser fechada, a agência do Banco do Brasil da Praça do Carmo paralisou o atendimento por duas horas.
“Estamos nas ruas para mostrar à população e àqueles que estão dentro dos governos municipal, estadual e federal que os trabalhadores exigem prioridade para agenda da classe trabalhadora. Por isso estamos nas ruas de todo o País, porque trabalhadores na rua é o que faz com que seus direitos sejam garantidos e que muito mais seja conquistado”, afirmou Clécio Morse, diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará.
O presidente do Sindicato, Carlos Eduardo Bezerra, destacou algumas pautas da categoria bancária, como a questão da segurança e as condições de trabalho, prioridades na Campanha Nacional deste ano. “Só no primeiro semestre de 2013 foram 30 mortes decorrentes de ataques a bancos no Brasil. O bancário é a vítima, o vigilante é a vítima, o cliente é a vítima e o policial é a vítima. Não tem nenhum banqueiro vítima, mas os trabalhadores são. Além disso, a cobrança abusiva para cumprimento de metas e a política de assédio moral, que crescem como um câncer nas relações cotidianas do trabalho, têm adoecido a categoria”, denunciou.