Bancários do Ceará fortalecem greve com 400 agências fechadas

Mobilização contra a intransigência dos bancos e o PL 4330

Diante da importância dos bancos privados na mesa de negociação da Fenaban, os bancários deliberaram durante assembleia realizada nesta quarta-feira, dia 2, por fortalecer a greve nos bancos privados, especialmente no Bradesco, onde a mobilização é crescente, mas que ainda pode ser melhorada.

“A greve é heróica nos bancos privados, apesar das constantes ameaças, inclusive de demissão. Devemos intensificar essa mobilização para mostrar nossa força”, afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra. “A hora é de união. Um mais um é sempre mais que dois e só assim construiremos nossa vitória”, completou o diretor do Sindicato e funcionário do Bradesco, Gabriel Motta.

O diretor do Sindicato e funcionário do BNB, Tomaz de Aquino, ressaltou que movimento forte é aquele que traz prejuízo aos banqueiros e convocou os grevistas a engrossarem fileiras nos piquetes, ajudando a fortalecer a greve nos bancos privados.

“Convocamos todos a praticar a solidariedade de classe nesta greve. Que os bancários de bancos públicos ajudem os companheiros de bancos privados para construirmos uma greve coesa. Banqueiro é igual feijão, só vai na pressão”, completa o aposentado do BB e diretor do Sindicato, Plauto Macedo.

Os bancários deliberaram ainda que os tesoureiros da Caixa Econômica Federal devem se abster de abastecer os caixas eletrônicos como mais uma forma de pressionar o banco a voltar a negociar com os trabalhadores.

14º dia

No 14º dia de greve, cerca de 400 agências das 507 existentes foram fechadas em todo o Estado, o que corresponde a mais de 70% de paralisação. Nacionalmente, esse número é de mais de 11 mil unidades paradas das 21 mil que existem em todo o País.

“Não há nenhuma negociação marcada, apesar de já estarmos no 15º dia de greve. A orientação é uma só: fazer uma greve forte e consolidada, mas que sempre pode avançar mais. Só assim pressionaremos os bancários a nos apresentar uma proposta digna”, analisa o presidente do Sindicato.

“Nós estamos em greve não só por salário, mas pelo que sofremos o ano inteiro nas agências. Nós lutamos por mais bancários nas unidades, por mais saúde, por mais condições de trabalho. O que nós queremos é respeito pela categoria”, concluiu a diretora do Sindicato e empregada da Caixa Econômica Federal, Elvira Madeira.

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