Manifestação dos trabalhadores em Fortaleza
A nova campanha por valorização e mais respeito aos funcionários do Bradesco foi lançada nesta terça-feira, dia 7, em todo o país. Em Fortaleza, os bancários realizaram manifestação para denunciar as péssimas condições de trabalho, assédio moral e a cobrança excessiva pelo cumprimento de metas.
Além disso, os dirigentes do Sindicato dos Bancários do Ceará denunciaram as demissões injustas efetivadas neste mês, atingindo ex-funcionários do Banco do Estado do Ceará (BEC), comprado pelo Bradesco em 2005. O ato aconteceu na agência Centro, onde funciona a gerência regional do banco.
Os sindicalistas ainda denunciaram o descumprimento pelo Bradesco do Estatuto Municipal de Segurança Bancária e coloca em risco a vida de bancários e clientes. “Suas agências não têm portas de segurança, o que deixa todos vulneráveis. Será que precisa morrer alguém para o Bradesco cumprir o Estatuto?”, disse Gabriel Motta, diretor do Sindicato, lembrando que o Bradesco ainda coloca a culpa pela falta de segurança no Estado, quando sofre ataques de bandidos.
“Um banco que lucra bilhões, deixa as suas portas escancaradas, que incita a bandidagem e mostra aos criminosos que o banco não tem segurança, este é o Bradesco”, completa Gabriel.
O Sindicato, em defesa dos bancários, vai ajuizar duas ações contra o Bradesco: uma civil, que é a obrigação de fazer, e outra que é dano moral coletivo, pela falta de respeito do banco com seus empregados. A empresa é campeã de assédio moral e possui vários bancários acometidos de doenças ocupacionais e distúrbios psicológicos.
Segundo o diretor do Sindicato, Robério Ximenes, “a manifestação é para denunciar, mais uma vez, que o Bradesco obteve lucro de R$ 3 bilhões no 1º trimestre e irá atingir R$ 15 bi no ano, no entanto, com toda essa lucratividade ainda demite descaradamente. Os banqueiros querem continuar lucrando cada vez mais à custa dos seus trabalhadores”.
A pauta da Campanha de Valorização dos Funcionários do Bradesco tem como principais bandeiras a criação de um plano de cargos, carreiras e salários (PCCS), melhores condições de trabalho e preservação da saúde, parcelamento do adiantamento das férias e auxílio-educação para todos.