Após anos de muita luta, os mais de 12 mil bancários da Cidade de Deus terão ambulâncias à disposição para qualquer emergência. A garantia foi dada pela direção do Bradesco durante reunião com representantes do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Na mesma negociação, realizada nesta terça 22, o banco garantiu também que não haverá demissões por conta da implantação da compensação por imagem, a chamada compe por imagem.
As ambulâncias, equipadas com UTI (Unidade de Terapia Intensiva), já estão à disposição dos trabalhadores, 24 horas por dia. As eventuais remoções serão feitas para o hospital Edmundo Vasconcelos com atendimento imediato. O serviço será feito pela empresa Remoções Intensivas.
Mobilização
Foram muitas as ações, por muitos anos, dos trabalhadores. Manifestações, reuniões, denúncias ao Ministério Público (MP) foram algumas delas.
Em uma das intervenções, o MP sugeriu a realização de um plebiscito na Cidade de Deus para saber a opinião dos funcionários. A direção do banco não aceitou a sugestão e se negou a realizar a consulta. O Sindicato, então, fez por conta própria. O resultado não deixou dúvidas: 98% dos participantes reivindicaram a ambulância.
“Foi um avanço, pois deixa os funcionários mais tranquilos e valorizados. Ninguém entendia a relutância do banco, pois o custo é muito pequeno perto da importância da sáude, do bem-estar e da vida dos trabalhadores”, diz a diretora do Sindicato Neiva Maria. “Essa é mais uma comprovação da força que tem a organização dos trabalhadores e, nesse caso, mostra também que jamais podemos esmorecer, mesmo com o passar dos anos”, completa.
Compensação
A compe por imagem também foi tema da reunião de terça 22. Os dirigentes sindicais levaram as preocupações que o novo sistema de compensação gerou nos trabalhadores, especialmente em relação à manutenção do emprego.
O banco garantiu aos representantes dos bancários que todos os funcionários serão aproveitados. Afirmou que está em crescimento e pretende abrir 180 agências somente neste ano. Trabalhadores que, eventualmente, mudarem de função têm, de acordo com a palavra da direção, garantido treinamento e tempo de adaptação.
“Estamos atentos à movimentação do banco para que o que foi dito na mesa de negociação seja, de fato, cumprido”, afirma Neiva. “Precisamos também da ajuda dos bancários, que devem nos informar qualquer mudança. Assim, unidos, somos mais fortes para defender nossos empregos e direitos”, completa.
O Sindicato criou um e-mail especialmente para essa denúncia: [email protected]
