(São Paulo) Os bancários do Banco do Brasil realizaram nesta quarta-feira, dia 19, mais um Dia Nacional de Luta dentro da Campanha pela Valorização dos Funcionários. Manifestações e protestos marcaram a data em todo o país. O ponto negativo do Dia de Luta foi registrado em São Paulo, onde o BB tentou esvaziar o movimento dos bancários. Numa atitude de extrema truculência, o Banco do Brasil frustrou a reunião dos delegados sindicais que estava marcada esta quarta, ao não permitir que eles fossem liberados de sua rotina nas agências.
“O banco foi notificado com antecedência e teve tempo suficiente para tomar a decisão, mas acabou deixando para o último minuto”, diz Ernesto Izumi, diretor do Sindicato de São Paulo e funcionário do Banco do Brasil. “Sempre que há uma solicitação para uma reunião, são as agências que verificam a viabilidade de acordo com a sua capacidade de atendimento. Mas, desta vez, a negativa veio da direção geral do Banco do Brasil”, completa.
O Sindicato irá tomar todas as medidas contra a direção do Banco do Brasil por ter desrespeitado a livre organização dos trabalhadores, que após a reunião pretendiam “abraçar” o complexo do BB na avenida São João para marcar o Dia Nacional de Luta.
Em outras cidades do país, a campanha dos bancários do BB também, está a pleno vapor. Em Brasília, por exemplo, o Sindicato espalhou quinze outdoors com o tema da campanha em pontos estratégicos da capital federal e das cidades-satélite. Também serão produzidos cartazes, adesivos e camisetas. Um grande ato no próximo dia 16 de abril, no Setor Bancário Sul, marca o lançamento oficial da campanha nacional “Acorda BB” em Brasília.
“Vamos intensificar as atividades durante o mês de abril para esquentar a campanha, porque agora é hora de darmos um fim às péssimas condições de trabalho e lutarmos por um Banco do Brasil com mais compromisso com a sociedade brasileira”, ressalta Rodrigo Britto, presidente do Sindicato e funcionário do BB. Nos próximos dias, o Sindicato vai aplicar pesquisa para os funcionários do BB.
Lançada pela Contraf-CUT na semana passada, a campanha tem o objetivo de garantir o pagamento das substituições de comissionados, mais contratações, mais vagas para caixas-executivos e o fim do assédio moral e das metas abusivas. Os bancários também reivindicam respeito à jornada, fim das terceirizações, prorrogação do concurso de 2006, revisão das dotações e fim da lateralidade. Com a campanha nas ruas, os bancários do BB definiram que toda quarta-feira será dia de protestos.
Fonte: Contraf-CUT e Seebs SP e Brasília
