Na manhã desta quarta-feira (20), os bancários da agência do Banco do Brasil da rua Jurubatuba, em São Bernardo do Campo, retardaram a abertura da agência como parte das atividades do Dia Nacional de Luta dos funcionários do BB. “O intuito destas manifestações que acontecem em todo o país é denunciar o ataque aos direitos dos trabalhadores que o BB vem empreendendo com a implantação unilateral do novo plano de funções comissionadas”, explica Otoni Lima, diretor do Sindicato dos Bancários do ABC e funcionário do banco.
Durante a atividade, os diretores do sindicato distribuíram boletim especial explicativo da atual situação dos funcionários e o motivo dos protesto. “Esse Dia de Luta é importante para mostrar para a direção do banco que os trabalhadores não estão contentes com a situação e querem negociar a jornada legal dos bancários e a manutenção dos direitos no plano de funções do Banco do Brasil”, disse Marilda Marim, diretora do sindicato e funcionária do BB.
Ao implantar o novo plano, o BB extinguiu todas as funções comissionadas de 8h e criou novas nomenclaturas nas verbas de gratificação de função. Todos os comissionados considerados de Função de Confiança (FC) foram migrados compulsoriamente, unilateralmente.
Já o chamado público-alvo da Função Gratificada (FG) tem a opção de migrar para as novas funções de 6h com remuneração 16,25% menores que as antigas de 8h, a qualquer momento, ou permanecer na função de 8h em extinção. Para quem migrar, o BB oferece um “incentivo ilusório”. Ou seja, para “compensar” a perda salarial da FG, o banco autorizou horas extras pelo período de um ano.
“No dia primeiro de fevereiro o sindicato realizou uma plenária com os funcionários do BB onde ficou decidido que os trabalhadores iriam atacar esse plano em todas as frentes, como manifestações, ações jurídicas, além de cobrar atitudes da direção do banco, do ministério público do trabalho e do governo federal”, disse Otoni. “É importante a presença dos funcionários do banco nas plenárias, para que as decisões tomadas tenham a força de toda a categoria”, finaliza.
O Comando Nacional se reunirá com a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB no dia 22 de fevereiro para avaliar a melhor estratégia a seguir e, também, a Contraf-CUT acionará o Ministério Público do Trabalho questionando a redução de direitos dos trabalhadores com a implantação do novo plano.
