Os funcionários do Banco do Brasil de todo o país realizarão mobilizações nesta quinta-feira, 2, para dialogar com bancários e clientes sobre os principais problemas enfrentados e pressionar o banco nas negociação a respeito das mesas temáticas que acontecerão nos dia 2 e 3, em Brasília.
A realização de manifestações é orientação da Contraf-CUT, decidida em reunião da Comissão de Empresa dos funcionários do BB (CEBB), realizada dia 25 de junho, em São Paulo. A intenção é debater com os trabalhadores problemas como lateralidade, implementação da plataforma USO e extinção das plataformas CSO-Crédito.
Estão marcadas manifestações em vários pontos do país. O Sindicato de São Paulo, por exemplo, fará atividade no Complexo São João, para discutir com os bancários o assédio moral nos locais de trabalho, o fechamento de plataformas CSO de Ribeirão Preto, Porto Alegre, Cuiabá e Campo Grande, e a transferência do Setor de Crédito Imobiliário para o Ipiranga.
Em Brasília, a diretoria do Sindicato visitará a CSO e as agências mais problemáticas do BB para debater com os funcionários questões relativas à remuneração, lateralidade, jornada de 6 horas e ao assédio moral.
Em Porto Alegre, a atividade acontecerá em frente ao prédio da Rua Uruguai. Desde meados de junho os diretores do Sindicato estão mobilizados em defesa do CSO. O banco pretende encerrar os serviços da plataforma na capital gaúcha e transferir suas tarefas e funcionários para Curitiba. O mesmo tema será abordado em Cuiabá, onde o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso também está mobilizado pela permanência da CSO na cidade. O protesto será realizado na agência Centro (Avenida Getúlio Vargas esquina com a Rua Barão de Melgaço).
“A participação de todos é muito importante nessa mobilização”, afirma Marcel Barros, secretário geral da Contraf-CUT e coordenador da CEBB. “A despeito dos discursos de alteração na política da empresa, o clima organizacional continua bastante ruim, especialmente pelo fato de alguns gerentes alegarem que o mais importante é vender produtos e não agir como um banco público. As mudanças precisam sair do discurso para a ação e esperamos que isso comece a acontecer o quanto antes”, acrescenta.
Negociações
A pauta das negociações entre os trabalhadores e o banco, definida em reunião da CEBB, inclui temas como estão ATB, CCP, CSO/USO, plano odontológico e acordo marco regulatório.
A Contraf-CUT também está solicitando ao BB a revisão do processo de adequação dos gerentes de módulo básico e avançado, que pode causar prejuízo a muitos trabalhadores que não obtiveram a certificação necessária. A confederação também encaminhou documento ao presidente do BB sobre supostas alterações no modelo de comissionamento e ascensão profissional. Os representantes dos trabalhadores receberam informações de que o TAO deixaria de ser considerado par tal efeito.