(São Paulo) Os bancários do Banco do Brasil encerraram nesta terça-feira o 18º Congresso dos Funcionários realizado dentro da programação da Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro. Os trabalhadores ratificaram a decisão da plenária conjunta de que a Convenção Coletiva dos Bancários que vier a ser assinada com a Fenaban seja cumprida integralmente pelo BB. Além disso, foi definida a pauta de reivindicações específicas que será entregue ao banco para a negociação permanente.
Entre as reivindicações aprovadas está a isonomia total entre os funcionários do BB, novos e antigos. Os bancários querem que o salário mínimo do Dieese (R$ 1.628) seja o piso na empresa. O pagamento de todas as horas-extras e o retorno do anuênio também estão na pauta.
Para a Cassi, o Congresso do BB decidiu por uma campanha pela aprovação do novo estatuto, que será votado pelos associados entre os dias 8 a 21 de agosto. Na pauta de reivindicações para saúde estão a não terceirização do Sesmt (Serviço de Engenharia e Segurança de Medicina do Trabalho) e a cobertura por parte do BB de eventuais déficits da Cassi. Os bancários também querem que a empresa assuma o custo com o tratamento de doenças de trabalho e a isenção de co-participação nos tratamentos de hipertensão e diabetes. Outro item é a criação de um grupo de trabalho sobre a saúde dos funcionários
Previ
A pauta de reivindicações específicas dos funcionários do BB terá vários itens relativos à Previ. Os bancários vão brigar pelo fim do “voto de minerva”, a abertura de financiamento imobiliário para o Plano 2 com recursos do próprio plano e o aumento das pensões e do benefício de 90 por cento para 100 por cento.
Baixar a taxa atuarial, criar um benefício extraordinário e o pagamento da integralidade da contribuição para as mulheres que tiverem 25 anos de associação a Previ também integram a pauta.
Os bancários também querem que a Diretoria de Participações volte a ser ocupada por um associado eleito.
Responsabilidade social
A luta para que o BB assuma seu papel de banco público e ajude no desenvolvimento do Brasil também faz parte da minuta específica. Os bancários vão brigar pela retomada do Comitê em Defesa dos Bancos públicos e a Contraf-CUT vai realizar um seminário nacional para discutir o papel do BB e a regulamentação do artigo 192 da Constituição Federal, que disciplina o sistema financeiro.
“Vamos persistir nas denuncias contra o pacote de maldades e queremos a ampliação do número de funcionários nas agências. No ano que vem o BB faz 200 anos e a Contraf vai organizar uma campanha para denunciar todos os problemas que não deveriam existir num banco público”, destaca Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
Fonte: Contraf-CUT