Bancários do Banese em greve buscam apoio parlamentar para resolver impasse

A direção do Sindicato dos Bancários de Sergipe (Seeb/SE) buscou o apoio do deputado federal Eduardo Amorim (PSC) para tentar uma saída para o impasse entre os baneseanos e o Banco do Estado de Sergipe (Banese). O encontro aconteceu nesta sexta-feira (23), no Centro de Convenções de Sergipe, onde ele estava participando da II Jornada Sindical dos Enfermeiros do Estado de Sergipe – SEESE.

A presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Flávia Brasileiro, foi quem intermediou o encontro. Os baneseanos têm uma pauta específica de reivindicações e esperam que o Banco avance um pouco mais para acabar com a greve que já dura 30 dias. Teve início no dia 24 de setembro.

“Por conta da intransigência da direção do Banese, aos poucos os colegas foram aderindo ao movimento. Na capital são 20 agências, todas paradas, algumas funcionando precariamente. Desde 2007 estamos discutindo uma pauta de reivindicações, mas o banco se recusa a assinar o acordo complementar coletivo. Por conta disso, já sofremos algumas perdas”, explica Ivânia Pereira, diretora do Sindicato.

São 38 cláusulas, mas nós elegemos 18 para negociar inicialmente. São 10 sociais, sem nenhum impacto financeiro, e 8 com custos. Dessas, destacamos três que têm maior prioridade no momento: auxílio-moradia; Ajuda de custo para funcionários que trabalham no interior; e Reajuste das comissões dos caixas e compensadores. O Sindicato pediu 30%, porque no início do ano o banco reajustou as gratificações entre 35% e 102% e os caixas e compensadores ficaram de fora, mas o banco só deu 10%.

“A história do nosso país foi feita de exploração. Mais do que nunca está na hora de os brasileiros conduzirem com dignidade os destinos do Brasil. Política é o lugar de quem pensa de forma coletiva, dos abnegados e dos que querem ajudar. Eu quero ser útil e defender uma causa nobre”, disse o deputado.

“Esse impasse já dura um mês. Eles reconhecem que está ocorrendo prejuízo até de imagem do banco. A Justiça negou a decretação da abusividade da greve, mas o banco pediu para o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) rever a decisão de ilegalidade”, informa Luiz Alves (Lula).

“A gente tem de lutar por melhores condições de trabalho. Não podemos jamais cruzar os braços e se acomodar diante das dificuldades. Entendo que vocês não estão exigindo absurdo, estão pedindo o mínimo”, reconheceu Eduardo Amorim, que ficou de marcar uma reunião com o presidente do banco, Saumíneo Nascimento.

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