Bancários do ABN e Santander realizam jornada de luta

(São Paulo) Os bancários do ABN/Real e do Santander terão uma semana cheia entre os dias 24 e 28 de setembro. Reuniões e audiências em Brasília se misturarão aos protestos que os trabalhadores vão realizar em todo país, numa grande Jornada de Luta pela manutenção do emprego.

“Os Sindicatos deverão enviar à Brasília dirigentes do ABN e do Santander para fortalecer as atividades programadas. Esta é uma semana importantíssima para nós e precisamos construir uma grande mobilização”, afirma Deise Recoaro, diretora da Contraf-CUT e funcionária do banco.

Na segunda-feira, dia 24, as Comissões de Organização dos Empregados (COEs) do ABN e do Santander, entidades da Contraf-CUT, reúnem-se às 15h para preparar as atividades em Brasília. Na terça-feira, às 7h30, os dirigentes vão recepcionar os deputados e senadores, com panfletagem, no aeroporto de Brasília. Durante o período da tarde, das 13h às 18h, haverá reuniões com os parlamentares no Congresso Nacional. Às 15h, a Contraf entrega um dossiê no Ministério da Fazenda.

O auge das atividades acontece no dia 26, às 7h30, com uma grande manifestação em frente ao Congresso Nacional. Os representantes dos trabalhadores vão armar um imenso varal com 19 mil fotografias, que representam o número de demissões já anunciadas pela Santander para todos os países.

Audiências
A Contraf-CUT também agendou uma série de audiências com autoridades para garantir o apoio na luta pela manutenção dos empregos. A primeira reunião será no dia 26, das 9h30 às 10h30, com a Secretaria-geral da Presidência da República. No mesmo dia, às 16h, haverá nova audiência, desta vez com o presidente da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho), Cláudio José Montesso. Em paralelo às audiências, os dirigentes sindicais passarão o dia em reuniões com deputados federais e senadores no Congresso Nacional.

No dia seguinte, 27, às 9h, haverá uma audiência pública com os bancos ABN, Santander e Barclays, na Comissão de Trabalho e Renda da Câmara dos Deputados. No mesmo dia, os representantes dos bancários reúnem-se com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia.

Ainda no dia 27, serão realizadas visitas e atividades no Banco Central, Ministério da Fazenda e Ministério do Trabalho para exigir resposta ao pedido de audiências, caso estas não sejam confirmadas até o dia 26 de setembro. Os bancários também continuarão espalhados pelo Congresso Nacional, num corpo-a-corpo com deputados e senadores.

“Queremos o apoio dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, porque esta luta não é só dos bancários, mas do Brasil. Não podemos permitir que duas empresas lucrativas como o ABN e o Santander demitam trabalhadores brasileiros por conta de negócios que só visam aumentar o lucro destas multinacionais”, destaca Marcelo Gonçalves, coordenador da COE do ABN.

Gutemberg Oliveira, diretor da Fetec São Paulo e funcionário do ABN, finaliza: “os bancários precisam participar em massa das atividades que os sindicatos vão realizar esta semana e enviando e-mails aos parlamentares, porque a mobilização em nível nacional é que vai nos garantir alternativas que evitem as demissões que sempre acontecem com as fusões e aquisições do sistema financeiro nacional”.

Fonte: Contraf-CUT

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