Bancários do ABC param agências do Itaú contra demissões e rotatividade

Mobilização contra dispensas injustificáveis no banco mais lucrativo do país

Os trabalhadores das agências do Itaú de Mauá e Ribeirão Pires paralisaram suas atividades nesta terça-feira (12) em protesto contra o crescente número de demissões no banco. As manifestações contra a política desumana praticada pelo Itaú aconteceram simultaneamente em todo o país.

No Dia Nacional de Luta, trabalhadores do banco intensificaram os protestos contra as demissões e, também, contra a rotatividade, o assédio moral, as metas abusivas, as condições precárias de saúde, segurança e trabalho e a terceirização.

“Seis agências de Mauá e uma de Ribeirão Pires foram paralisadas neste dia, pois os trabalhadores do Itaú não suportam mais essa situação de instabilidade no emprego”, disse Gilberto Soares, diretor do Sindicato dos Bancários do ABC e funcionário do banco.

“No ABC, o Itaú contava com 2.060 funcionários, em 2011. Esse número, atualmente, é de 1.890. O número de demitidos neste ano na região já passa de 100”, complementa.

O Itaú pisa na bola com seus funcionários com gradativas demissões, com a brutal política da rotatividade, demitindo antigos trabalhadores, que dedicaram anos de suas vidas a instituição, com salários maiores e contratando novos pagando bem menos.

Pesquisa do Emprego Bancários, elaborada pelo Dieese e pela Contraf-CUT, mostra que a média salarial dos admitidos foi de R$ 2.430,57, em 2011, enquanto dos desligados de R$ 4.110,26, uma diferença de 40,87%. No ano anterior essa diferença era de 37,60%.

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