Bancários discutem condições adversas de trabalho com Santander nesta sexta

A Contraf-CUT, sindicatos, federações e Afubesp discutem nesta sexta-feira, dia 18, das 13h às 16h, as condições adversas de trabalho na rede de agências com o Santander, durante reunião específica agendada no Comitê de Relações Trabalhistas (CRT). Também estará em debate o problema das metas para os caixas, bem como as demissões por justa causa.

Antes, às 9h30, a Contraf-CUT promove encontro da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander para preparar os debates com o banco.

As duas reuniões ocorrem nas dependências do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Precárias condições de trabalho

Há muito tempo, os sindicatos vêm denunciando a falta de funcionários na rede do Santander e a cobrança excessiva de metas. Isso tem acarretado muitos problemas aos trabalhadores como, por exemplo, alto índice de adoecimento e descontentamento dos funcionários para com o banco.

Para a melhoria das condições de trabalho e do atendimento aos clientes, as entidades já apresentaram ao banco as seguintes reivindicações:

– imediata contratação ou realocação de funcionários para as agências;

– fim das metas individuais;

– fim das metas para os caixas e os funcionários da área operacional das agências;

– fim das reuniões diárias para a cobrança de metas nas agências;

– venda responsável de produtos financeiros;

– direito ao gozo de 30 dias de férias sem fracionamento.

Também serão discutidos problemas apresentados pelo Sindicato dos Bancários de Londrinha, que também ocorrem em outros cantos do país:

– Troco no auto-atendimento: em praticamente todas as agências “Real” ainda ocorre a prática do troco nas salas de autoatendimento, o que gera problemas de segurança ao funcionário ou tercerizado/estagiário que manuseia o numerário;

-Trabalho aos sábados: têm ocorrido denúncias de trabalho aos sábados em agências;

– Contas universitárias: com as campanhas, vários funcionários são obrigados a, após sua jornada normal no banco, estendê-la nas atividades juntos às faculdades, às vezes sem recebimento de horas extras;

– Ergonomia: muitas reclamações têm sido feitas pelos bancários do Santander quanto à ergonomia e condições de trabalho em quase todas as agências, o que vêm acarretando o aumento dos casos de LER e outros males.

Metas para caixas

O banco tem descumprido o acordado em reuniões anteriores do CRT de que não iria ter metas para os funcionários que exercem a função de caixa. No entanto, são muitas as denúncias que os sindicatos têm recebido acerca da obrigatoriedade de vendas de produtos por parte dos caixas, inclusive com um ranking das metas atingidas, muitas vezes divulgado no quadro de aviso das unidades.

As entidades já reivindicaram que seja dada ampla divulgação na rede sobre essa proibição. Também foi solicitada a punição exemplar com medidas administrativas dos gestores que descumprirem tal orientação.

Desligamento por justa causa

Os sindicatos têm atendido com frequência bancários demitidos por justa causa e consideraram muito elevado o número de casos verificados no Santander. Assim, as entidades reivindicaram:

– o número de trabalhadores demitidos por justa causa nos últimos 12 meses;

– que, em caso de desligamento por justa causa, o banco enquadre o trabalhador em uma das alíneas do artigo 482 da CLT;

– que o RH do Banco se abstenha de dar de informações que desabonem o trabalhador para o seu futuro empregador.

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