Um total de 35 assaltos a bancos, 12 tentativas e um bancário assassinado este ano no Pará. Os números são alarmantes e preocupam o Sindicato dos Bancários do Pará que há 79 anos luta diariamente contra a insegurança bancária, exigindo das autoridades, órgãos de segurança pública e instituições financeiras medidas mais enérgicas e eficazes que tragam de volta a sensação de segurança de clientes e funcionários dentro e fora das agências e postos de atendimento.
Na manhã desta quarta-feira (12), o Sindicato reuniu com o Banco do Brasil para mais uma vez cobrar o cumprimento das leis sobre segurança bancária, como a lei estadual 7.670/12 (biombos), a lei estadual 7.013/2007 (portas giratórias com detectores de metais e câmeras internas e externas com monitoramento em tempo real fora do local controlado) e que a guarda das chaves seja feita por empresas de segurança especializadas.
O Sindicato também propôs a realização de reuniões mensais entre as entidades sindicais e representantes de segurança dos bancos para que juntos possam cobrar mudanças na política de segurança pública atual.
“Nossa segurança pública está fragilizada, a categoria e a sociedade em geral estão cada vez mais vulneráveis, o que aumenta a sensação de insegurança. É preciso que o banco invista mais na segurança de seus clientes e funcionários para que outras pessoas, como o Francivaldo, não sejam vítimas dessa fragilidade. Temos que cobrar do Governo do Estado uma ação mais incisiva na segurança pública, pois queremos ter o mínimo de segurança dentro e fora do nosso local de trabalho”, afirma a presidenta do Sindicato e funcionária do BB, Rosalina Amorim.
“O Banco do Brasil é o que lidera em casos de assaltos a banco no Estado. Isso prova ser necessário e urgente que a empresa, junto com as entidades sindicais e órgãos de segurança pública se reúnam e tracem novos planos de segurança, pois a criminalidade cada vez mais se torna resistente a atual segurança, conseguindo tirar a paz de cidades consideradas pacatas. E foi para isso que viemos aqui, tentar unir forças para combater a insegurança bancária”, ressalta o diretor do Sindicato e funcionário do BB, Fábio Gian.
Outra sugestão do Sindicato é a criação de grupos estadual e municipal que possibilitem uma maior interação entre a polícia, a sociedade e os bancários no planejamento de estratégias de segurança diante de uma situação de risco. A presença dos bancos públicos e privados no interior do estado é importante para o desenvolvimento da região.
“Essa interação é importante e eficaz. A criação da lei estadual dos biombos surgiu primeiro aqui no Pará após a discussão em várias reuniões das entidades com os bancos e órgãos de segurança pública e virou modelo nacional, tanto é que o projeto está na pautas de reunião sobre segurança entre a Contraf-CUT, federações e sindicatos. A parceria entre as entidades também ajuda a fortalecer a luta por mais segurança e ampliar propostas para o tema”, destaca a diretora da Fetec-CN, Vera Paoloni.
Durante a reunião, o Banco do Brasil informou que está tentando uma reunião com a Secretaria de Segurança Pública. A área de segurança do banco está acompanhando as investigações sobre a morte do funcionário do BB em São Domingos do Capim.
O BB foi representado pelo gerente regional da GEPES, Rodrigo Quirino, pelo gerente de administração da superintendência, Ricardo Rodrigues, e pelo analista da RESEG, Geraldo Coelho.