Bancários denunciam falhas na segurança ao Ministério Público no Recife

Trabalhadores reivindicam vidros blindados nas agências e postos

O Sindicato dos Bancários de Pernambuco acionou o Ministério Público nesta terça-feira, dia 17, para denunciar falhas na segurança das agências bancárias do Recife e Região Metropolitana.

“Estamos solicitando a realização de audiência com a presença do Sindicato, dos representantes dos bancos, da Polícia e dos poderes públicos para resolver o problema”, afirma o secretário de Formação do Sindicato, João Rufino, que é representante do Nordeste no Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Contraf-CUT.

Segundo ele, foi entregue ao MP um relatório com levantamento dos problemas de segurança nas agências. A reivindicação de vidro blindado é um dos principais pontos. Nenhuma unidade bancária tem este tipo de proteção e isso tem se revelado um dos maiores facilitadores dos assaltos, já que boa parte deles acontece com a quebra das vidraças pelos assaltantes.

Existem, ainda, duas agências do Itaú na capital que não têm portas de segurança: a do Shopping Recife e a da Avenida Domingos Ferreira. Esta última funciona sem sequer a presença de vigilante.

“São agências de negócios. Mas ambas têm caixas eletrônicos. Ou seja, há movimentação de numerário. Na Domingos Ferreira, são três e na do Shopping, dez caixas eletrônicos. Ou seja, por elas circulam um volume de R$ 900 mil e de mais de R$ 1 milhão. E os bancários e clientes que estão no local não podem ficar desprotegidos”, denuncia Rufino.

Há também irregularidades momentâneas causadas por depredação ou quebra de equipamentos. É o caso do Banco do Brasil da Avenida Norte que, desde a tentativa de assalto de janeiro, permanece com problemas na porta. Durante a investida, houve troca de tiros e o vidro de entrada foi destruído. “Algo que não ocorreria se os vidros fossem blindados”, acrescenta Rufino.

Em dois anos, a agência do BB na Avenida Norte foi assaltada quatro vezes e o trauma da última ocorrência, bastante agressiva, ainda persiste entre os funcionários.

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