A Contraf/CUT e o Sindicato dos Bancários de São Paulo reuniram-se nesta segunda-feira 25 com o presidente do Santander, Fábio Barbosa, para tratar das preocupações dos mais de 50 mil bancários do banco espanhol e do Real com os reflexos da fusão no emprego e nos direitos trabalhistas.
Os dirigentes sindicais questionaram que apesar das declarações de Fábio Barbosa de que nada muda para funcionários e clientes, só no Santander, mesmo com a abertura de novas agências, foram reduzidos 1.055 postos de trabalho nos seis primeiros meses deste ano, no Brasil.
Fábio Barbosa, que também é presidente da Fenaban, repetiu que as marcas e as agências dos dois bancos serão mantidas no Brasil por um período de tempo ainda não definido, levantando a possibilidade de o número de agências aumentar.
“Manifestamos nossa posição de que o processo de incorporação deve ser transparente, sem a adoção de medidas unilaterais que visem reduzir o número de empregos e os direitos trabalhistas, e também sem prejudicar o atendimento à população”, afirma Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf/CUT, que participou da reunião.
“Exigimos o fim das demissões e o estabelecimento de negociações permanentes para tornar o processo transparente e evitar que os trabalhadores sejam punidos com a fusão em andamento”, diz Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, que também participou do encontro.
Ficou definido que na próxima semana os dirigentes sindicais voltam à mesa de negociação com os representantes de relações sindicais do Santander, Gilberto Trazzi, e do Real, Jerônimo dos Anjos, para discutir princípios a serem acordados em respeito aos direitos dos trabalhadores.