(Porto Alegre) A direção do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre acompanhará nesta segunda-feira, dia 6, audiência pública que debaterá na Câmara de Vereadores da Capital, a partir das 19h,projeto de lei que regulamenta o funcionamento de transportes de valores. No começo da tarde, por volta de 14h, Sindicato e Federação dos Bancários RS se reúnem para avaliar posição sobre proposta que restringe horários de carros-fortes.
A proposta ganhou força depois da morte da jovem de 22 anos Cristiana Cupini, em 2 de julho, alvejada em tentativa de assalto a carro-forte que abastecia um banco na zona norte. A onda de violência contra bancos se mantém em agosto e gera grande preocupação das entidades. Nos primeiros três dias de agosto, houve três registros, entre assaltos e tentativas na Capital (2 ) e Interior (1). Julho, com 13 casos, já havia superado junho, que teve nove ocorrências.
Para a entidade, cumprimento de leis municipais sobre instalação de portas giratórias com blindagem dos vidros no acesso às agências e postos, uso de colete à prova de balas por vigilantes e câmeras de vídeo e proibição para gerentes portarem chaves das agências são cruciais para melhorar a segurança. Dia 22 de agosto está prevista primeira reunião em três meses do Grupo de Segurança Bancária estadual, que reúne Polícia Federal, bancários, vigilantes, órgãos da Secretaria de Segurança Pública e bancos.
“Os bancos atuam fora da lei. Não podemos concentrar esforços apenas nos carros-fortes, que também utilizam locais inadequados para estacionar”, alerta o presidente do Sindicato dos Bancários, Juberlei Baes Bacelo. “Recentemente foi noticiado que um posto bancário opera em uma unidade móvel na Região Metropolitana. Isso é uma irresponsabilidade”, lamentou Bacelo.
Pela proposta do vereador professor Garcia, o transporte de valores ficará proibido em horários em que haja intensa movimentação de pessoas nos estabelecimentos comerciais, em locais destinados a eventos culturais e à prática de esportes e nas proximidades das escolas da Capital.
A proposta também estabelece que os prédios onde funcionem estabelecimentos comerciais com mais de mil metros quadrados de área construída, bem como supermercados, hipermercados e instituições financeiras ou de fomento, deverão possuir acesso físico próprio para a entrada e saída dos responsáveis pelo serviço de transporte de valores.
Fonte: Seeb PoA