Diante do aumento de casos positivos e do número mortes por Covid-19 em todo Brasil, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o Sindicato dos Bancários do Pará e a Fetec-CUT Centro Norte solicitaram reunião em caráter de urgência com o Banco da Amazônia, para debater ações emergenciais nesse novo momento da pandemia. O encontro ocorreu na quinta-feira (27), de forma virtual.
Uma das principais reivindicações das entidades sindicais foi a necessidade de o banco reforçar internamente, para todos os seus empregados, os protocolos de segurança sanitária contra a Covid-19, como: o uso de máscaras e demais Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s); evitar aglomerações em locais de uso comum, como refeitórios; e afastamento de casos positivos para o coronavírus, com sanitização das unidades onde houver confirmação de contaminação pelo vírus.
O Banco da Amazônia argumentou que publicará, em breve, a Circular Interna nº 057, na qual apresentará uma atualização dos protocolos de segurança, com destaque para:
- Home office: Será prorrogado por mais 180 dias.
- Testagem: Para quem está em trabalho presencial, o banco garantirá o reembolso do valor da testagem de Covid-19, no caso de apresentar sintomas ou ter tido contato com alguma pessoa positiva para o vírus. O reembolso será feito para até 2 testes, com teto de R$ 350 por cada testagem, a contar de 1° de janeiro de 2022.
- Afastamentos: O Banco informou que todas as unidades estão orientadas a adotar o home office onde couber, além de afastar os bancários e bancárias que estiverem contaminados por Covid-19, de acordo com o novo prazo determinado pelo Mistério da Saúde, que agora é de 10 dias.
- Para casos de sintomas gripais ou contaminação por Influenza (H1N1 ou H2N3), a decisão fica a critério do gestor, mas com recomendação para afastar quem estiver contaminado, para evitar proliferação do vírus.
As entidades solicitaram os números atuais de afastamentos e casos de contaminação por Covid-19 e Influenza. O Banco ficou de apresentar esses dados na próxima semana.
Sanitização
O serviço está mantido no Banco da Amazônia para as agências e unidades onde houver casos positivos para a Covid-19. Além disso, na próxima semana, todo o prédio da matriz passará pelo processo de higienização.
EPI’S
O Banco informou que manterá o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual aos seus empregados e fará atualização permanente deles.
Telemedicina
A reivindicação do serviço que foi interrompido será levada para o Comitê de Crises, mas o banco informou que disponibiliza atendimento com médico do trabalho e psicólogo, para os empregados e seus respectivos familiares, em casos de Covid-19.
“Foi muito importante termos realizado esta reunião sobre a pandemia com o Banco da Amazônia, pois esta é uma pauta geral da categoria bancária que tem sido debatida entre o Comando Nacional dos Bancários e Bancárias e a Fenaban, sobretudo agora quando os números e contaminação e mortes por coronavírus voltam a subir”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira.
“Esperamos que, de fato, o Banco da Amazônia cumpra com tudo aquilo que debatemos na mesa de negociação, pois a vida de cada bancário e bancária vale muito mais que qualquer lucro. Estaremos atentos no monitoramento da pandemia dentro do banco, para resguardar e garantir os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras”, afirma o coordenador da comissão de empregados do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.
“Não podemos relaxar com as medidas de proteção e com os protocolos de segurança. Mesmo com o avanço da vacinação, a Covid-19 segue sendo perigosa e com a variante Ômicron, que tem alto índices de contágio, devemos redobrar a vigilância e os cuidados”, conclui o diretor jurídico do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia, Cristiano Moreno.
Os trabalhadores foram representados na reunião pela presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira; pelo diretor do Sindicato, Cristiano Moreno; pelo dirigente do Sindicato e da Fetec-CUT/CN, Sérgio Trindade; e pela dirigente da Contraf-CUT, Rosalina Amorim.
Fonte: Sindicato dos Bancários do Pará