Bancários de todo o país vão às ruas pelo fim da discriminação nos bancos

Bancários de todo o país foram às ruas nesta terça-feira, 14, no Dia Nacional de Luta pela Igualdade de Oportunidade. A mobilização foi orientada pela Contraf-CUT para debater com a sociedade e a categoria a situação de discriminação evidenciada pelos resultados do Mapa da Diversidade, divulgados recentemente pela Febraban.

Foram realizados atos em diversos locais do país. Em São Paulo, os bancários realizaram manifestação na avenida Paulista, em frente à matriz do Real. No Rio de Janeiro, houve apresentação teatral em frente ao banco Itaú da Av. Rio Branco, agência onde um rapaz negro foi assassinado. Os trabalhadores de Belo Horizonte concentraram a manifestação na Praça Sete.

Em Curitiba, o jornal divulgado pela Contraf-CUT foi distribuído nas portas das sedes administrativas do banco HSBC. Também aconteceu manifestação em Piracicaba, na Praça José Bonifácio.

Acompanhece abaixo mais detalhes sobre as manifestações:

* Bancários do DF fazem atos no Dia de Luta por Igualdade de Oportunidades

* Em São Paulo, bancários denunciam discriminação com ato na Av. Paulista

* Curitiba reforça Dia Nacional de Luta pela Igualdade de Oportunidades

* Belo Horizonte combate discriminação contra mulheres, negros e deficientes

* Ato público marca Dia de Luta por Igualdade de Oportunidades em Piracicaba

* Bancários do Acre fazem ato no dia de Luta pela Igualdade de Oportunidades

“A manifestação foi muito importante para conscientizar a sociedade e o conjunto da categoria para a necessidade de lutar pela igualdade”, avalia Deise Recoaro, secretária e Políticas Sociais da Contraf-CUT. “Precisamos continuar mobilizados na campanha salarial que está chegando e pressionar os bancos para incluir na convenção coletiva da categoria as nossas reivindicações nessa área”, afirma.

Discriminação nos bancos

O Mapa da Diversidade, pesquisa realizada pela Febraban e que contou com a participação Contraf-CUT, revela que as mulheres ganham 78% dos salários dos homens e encontram mais obstáculos para a ascensão profissional. Apenas 19,5% dos trabalhadores do sistema financeiros são negros ou pardos, que ganham, em média, 84,1% do salário dos brancos. A discriminação é ainda maior em relação às mulheres negras: somente 8% delas conseguem emprego nos bancos. Já os deficientes não conseguem preencher nem os 5% da cota exigida em lei.

“A Igualdade de Oportunidades é uma questão de direitos humanos e democracia. É um momento histórico, não só para a categoria, mas para toda a sociedade”, afirma Deise.

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