As federações e os sindicatos mostraram hoje sua unidade, mobilização e disposição para a luta
Os bancários de todo o País realizaram manifestação no Dia Nacional de Luta, nesta quarta-feira (23), para pressionar os bancos a apresentarem uma proposta concreta e decente que atenda as reivindicações da categoria na Campanha Nacional 2015.
O Dia Nacional de Luta foi uma deliberação do Comando Nacional dos Bancários para fortalecer a campanha, combater às demissões, a rotatividade, os projetos de terceirização, as metas abusivas e o assédio moral, a insegurança e as discriminações nos bancos.
Para Roberto von der Osten, as federações e os sindicatos mostraram hoje sua unidade, mobilização e disposição para a luta. “Foi um “esquenta” para ouvir a proposta que a Fenaban vai nos fazer dia 25. Mostramos que estamos preparados para o que der e vier e, se houver desrespeito para com a nossa categoria, daremos uma resposta igualmente dura, debatida em assembleias, na quais quem decide democraticamente são os trabalhadores”, afirmou.
“Vamos aguardar a responsabilidade e coerência dos bancos: eles ganharam muito este ano e podem atender as nossas reivindicações”, completou o presidente da Contraf-CUT.
Na cidade de São Paulo, foi atrasada até o meio-dia a abertura de agências na Praça Silvio Romero, na zona leste, na Avenida Faria Lima, zona oeste, e no centro da capital. Na Avenida Paulista, a mobilização foi com os 700 funcionários e centenas de terceirizados da Superintendência do Banco do Brasil, onde a principal preocupação com a reestruturação unilateral imposta pela direção.
Na região do ABC, as manifestações ocorreram nas agências do centro de Santo André. Já no interior, 19 agências e departamentos tiveram seu início do expediente atrasados, em Campinas e em Catanduva.
No Rio de Janeiro, o Sindicato organizou caravanas para vários bairros da capital fluminense. A diretoria convocou a categoria a se mobilizar e pediu o apoio dos clientes, que também são explorados pelos banqueiros.
A diretoria do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Sistema Financeiro de Campos dos Goytacazes (RJ) retardou a abertura das agências Select do Santander, Bradesco E Itaú, localizadas no bairro Pelinca, área nobre do Município.
Em Minas Gerais, os diretores do Sindicato dos Bancários da Zona da Mata e Sul de Minas retardaram por uma hora a abertura de cinco agências do Itaú, no centro das cidades da região.
Na capital paranaense, o Sindicato dos Bancários de Curitiba fechou a agência do Itaú da Rua João Negrão, no Centro. Em Londrina, o Sindicato paralisou as atividades de seis agências, sendo três do Itaú, uma do Santander, uma do Bradesco, e uma do HSBC. Em Campo Mourão, foram duas agências do Itaú. Em Arapoti, a exemplo de Curitiba, fechou uma agência do Itaú. Em Cornélio Procópio, cinco agências só iriam abrir após as 12h. Em Apucarana, foram três Itaús e um Santander. O sindicato de Umuarama fechou três Itaús e o de Paranavaí dois.
Os bancários fizeram paralisação de duas horas em várias agências de Florianópolis. Na atividade, os dirigentes voltaram a dialogar com a população sobre as más condições de trabalho dos bancários e no quanto isso reflete no atendimento a clientes e usuários.
As bancárias e bancários de Brasília pediram apoio da população para diminuir filas, ampliar o horário de atendimento, reduzir os juros e aumentar a segurança nas agências.
A abertura das agências do banco Itaú da Barão e da Cândido Mariano, em Campo Grande (MS), foi retardada pelos bancários. Já em Dourados, a manifestação ocorreu das 07h às 11h em frente ao Banco Itaú, agência João Candido Câmara.
Os bancários de Mato Grosso foram para as portas das agências manifestar a insatisfação. A categoria cobrou dos banqueiros a apresentação de uma proposta decente no dia 25 de setembro, quando terá nova rodada de negociação.