(Teresina) O Sindicato dos Bancários do Piauí realizou na manhã de hoje (11/10), um protesto em frente ao Santander Banespa, na Rua Álvaro Mendes, contra demissão do funcionário José Carlos Oliveira, 47 anos. A justificativa do banco, segundo informa o diretor Cesário Alves, foi baixo rendimento.
“A avaliação foi feita pela administração da agência”, reforça Cesário, acrescentando que a direção do banco informou que José Carlos não produz mais para o banco. “Estamos em clima de terror no banco”, lamenta o sindicalista.
Durante o protesto, foi distribuída carta-aberta à população esclarecendo a todos a situação do funcionário demitido que é casado e pai de três filhos.
Ainda abalado com a notícia, José Carlos Oliveira disse que recebeu a carta de demissão no dia 02 de outubro. “Para mim foi uma surpresa e um impacto, pois não esperava isso. Sou colega de todos na agência e estava produzindo normalmente”, relata, mencionando que dedicou 18 anos de sua vida ao Banespa e 7 de Santander. “Gostaria que a administração do banco tivesse mais consideração por aqueles que levam a empresa nas costas, afinal, somos responsáveis pelo que o banco é hoje”, desabafa.
Presente na manifestação, o presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, José Ulisses de Oliveira, falou que esse é o começo de uma leva de demissões por conta da fusão do Santander com o ABN Real. “Vamos à Justiça e Delegacia do Trabalho denunciar esse tipo de prática para que o funcionário seja readmitido”, pondera, comentando que isso também se caracteriza como assédio moral por demitir um funcionário antigo.
Já o diretor de Aposentados, Francisco Reis, explica que a sociedade vai ter que entender que essa pratica de demissão é danosa e gera problemas. “Queremos mostrar que todos devem dizer não a esse tipo de atitude”.
Em seu discurso, os diretores João Neto e Carlos Augusto tornaram público que a demissão é a forma como tratam seus funcionários que dedicam anos de anos de sua vida ao banco. Já o dirigente sindical João Sales definiu como absurdo a postura do banco. “Não podemos aceitar a demissão do companheiro dizendo que isso é um procedimento legal”, diz, acrescentando que tal prática colabora para o crescente índice de demissão no Piauí
Fonte: Seeb PI