Protesto contra demissões do banco em Presidente Prudente
Bancários de várias partes do país protestaram, nesta quinta-feira 11, contra a falta de funcionários no Santander. Neste Dia Nacional de Luta, orientado pela Contraf-CUT, os trabalhadores reivindicaram mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral para que os trabalhadores tenham melhores condições de saúde, segurança e trabalho, igualdade de oportunidades e valorização dos aposentados.
Na base da Fetec/CUT-SP, foram registradas paralisações, retardamentos na abertura das agências e manifestações com carro de som, faixas e distribuição de cartas abertas à população denunciando a situação dos funcionários e pedindo apoio de clientes e usuários.
Em São Paulo, foram paralisadas, até as 12h, 30 agências do Santander das regiões central e av. Paulista.
O Sindicato dos Bancários do ABC realizou atividade nas principais agências no centro de São Bernardo do Campo. A manifestação contou com participação de atores do grupo de teatro Arca, de Ribeirão Pires, representando a pressão que os trabalhadores sofrem.
Na base territorial de Catanduva, permaneceram fechadas duas agências durante todo o dia, uma em Catiguá e outra no município de Cedral. Em Guarulhos, foram três agências fechadas. Duas durante todo o dia nos municípios de Mairiporã e Terra Preta e uma por duas horas na Vila Galvão. Em Limeira, permaneceu fechada a agência centro do Santander durante todo o dia.
Em Taubaté, duas agências permaneceram fechadas por uma hora e meia. Na base de Assis, três agências tiveram a abertura retardada em uma hora – duas na cidade-sede e uma em Cândido Mota, onde ocorreram demissões neste mês de abril.
Nas bases de Araraquara, Barretos e Jundiaí, houve retardo de uma hora na abertura de uma agência, com realização de manifestação e reuniões com os funcionários.
Em Bragança Paulista, Mogi das Cruzes e Presidente Prudente, os sindicatos distribuíram cartas abertas, dialogando com clientes e funcionários sobre demissões, falta de funcionários e as péssimas condições de trabalho.
“Esse Dia Nacional de Lutas foi mais um protesto contra todo o desrespeito do Santander”, afirma Alberto Maranho, secretário de Bancos Privados da Fetec/CUT-SP.
Mesmo com um lucro de R$ 6,3 bilhões em 2012, representando 26% do resultado mundial, o Santander demite para reduzir custos. Com isso, precariza as condições de trabalho, agravando a saúde dos seus funcionários e prejudicando o atendimento aos clientes. ”
É inadmissível o Santander dar esse tipo de tratamento aos trabalhadores, justamente no Brasil, onde obtém maior parte do seu lucro. Além disso, segue cobrando altas taxas de juros e tarifas e ainda empurra seus clientes para os correspondentes bancários, onde não há qualquer mecanismo de segurança. Em suma, sua atuação no país vai contra toda a sociedade. Por isso cobramos do banco respeito ao Brasil e aos brasileiros”, conclui Alberto.