Manifestação na Praça do Patriarca, no centro de São Paulo
Vestidos de vermelho, trabalhadores de bancos públicos e privados fizeram manifestação na Praça do Patriarca, centro velho de São Paulo, na tarde da terça-feira 11, para marcar mais um dia de paralisação e demonstração de força da categoria, cuja greve nacional completou 15 dias.
Contra o silêncio dos banqueiros e para cobrar a retomada das negociações, o ato contou com apitaço e com a animação da bateria da escola de samba Tom Maior.
“Hoje paralisamos prédios importantes do Itaú, Bradesco e Santander. Mais de 37 mil trabalhadores aderiram ao movimento só na nossa base. Estamos fazendo exatamente o que temos de fazer: mostrar aos banqueiros que estamos unidos. Chega de tanta ganância! Os bancos cobram as maiores taxas de juros e o maior spread do mundo e não querem valorizar os trabalhadores. Por isso nossa greve está forte e enquanto eles forem intransigentes, ela vai continuar crescendo em todo o país”, disse a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.
“Vocês estão de parabéns. Hoje chegamos a 758 pontos de paralisação só na base do Sindicato. E isso se deve ao esforço de cada trabalhador e trabalhadora que está indo para as ruas, convencendo a categoria a se unir cada vez mais para pressionar os banqueiros”, ressaltou a secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas.
No ato da Patriarca, os bancários receberam apoio de outras categorias, representadas por dirigentes dos servidores municipais, dos sindicatos dos psicólogos, dos químicos, dos jornalistas e da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo). Também participaram dirigentes da Contraf-CUT e de sindicatos de bancários de vários estados e cidades, como Pernambuco, ABC e Belo Horizonte.
“Temos de continuar forte na greve e, mais que isso: fazer um grande movimento pela mudança do sistema financeiro nacional, que não ajuda no desenvolvimento do país apesar de o Brasil ser o paraíso dos banqueiros. Qual o papel do sistema financeiro no país hoje, além de encher os bolsos dos banqueiros?”, questionou o secretário de Administração e Finanças da CUT, o bancário Vagner Freitas, que representou na manifestação o presidente da Central, Arthur Henrique.