Mobilização reforça Jornada Continental de Lutas por acordo global
Manifestações em três concentrações do Santander – Casa 1, SP 1 e SP 2 (Call Center) – marcaram nesta terça-feira 22, em São Paulo, a Jornada Internacional de Lutas na América Latina, promovida pelos trabalhadores do banco em todo o continente.
Os dirigentes do Sindicato dos Bancários de São Paulo distribuíram nesses locais o jornal da Rede Global Bancária, formada pela UNI Américas Finanças, braço da UNI Sindicato Global, e pelos sindicatos dos países onde o banco atua.
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A jornada, que vai até sábado 26, cobra do banco espanhol isonomia de direitos entre os trabalhadores de todos os países onde a instituição está presente, o fim das práticas antissindicais, a assinatura de um acordo marco global e a criação de um comitê mundial de empresa onde os trabalhadores possam discutir suas reivindicações de forma global. Além da UNI Américas Finanças, as manifestações contam com o apoio da Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS).
“Queremos que o banco estenda suas melhores práticas aos trabalhadores em todos os países onde está presente. Isso foi inclusive defendido pelo presidente mundial do grupo, Emilio Botín, em 2010. Estamos cobrando que o discurso se torne realidade”, afirma a diretora executiva do Sindicato e coordenadora da Rede Sindical do Santander da UNI Finanças para as Américas, Rita Berlofa.
Um exemplo da discriminação promovida pelo banco, cita Rita, são as demissões promovidas no Brasil. “É inadmissível que a instituição continue demitindo trabalhadores no Brasil, prática que não exerce na Espanha nem nos demais países da América Latina”, denuncia.
Brasil
Além do fim das demissões, os funcionários brasileiros do Santander continuam lutando por suas bandeiras específicas como a renovação do acordo aditivo com o banco.
“Reivindicamos ainda o aumento do PPRS (Programa de Participação nos Resultados do Santander) e a inclusão de novas cláusulas ao acordo aditivo, entre elas cinco dias de ausências abonadas por ano, o adiantamento de um salário nas férias em dez vezes sem juros, a eleição dos representantes dos participantes do SantanderPrevi e Sanprev e a manutenção da assistência médica para todos os aposentados”, aponta o diretor do Sindicato e coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Marcelo Sá.